O São Paulo faz jogo duro com o Cruzeiro pelo volante Hudson, de 29 anos. Com dificuldades financeiras, a Raposa tentou envolver alguns nomes na troca pelo atleta, mas a diretoria do Tricolor paulista tem se mostrado resistente ao modelo do negócio.
Tendo em vista esse cenário, o agente do atleta já trabalha com a possibilidade do retorno de Hudson ao São Paulo em 2018. “Estamos esperando Cruzeiro e São Paulo. Entre Hudson e Cruzeiro já está tudo certo. Agora, esperamos os clubes. O Hudson está tranquilo. Claro que seria melhor se tudo estivesse definido. Mas, se não tiver êxito na negociação, ele se reapresenta ao São Paulo no dia 3 de janeiro”, afirmou o empresário do jogador, Luciano Couto.
A reportagem apurou que a diretoria do Cruzeiro está se dedicando com mais afinco às tratativas com o São Paulo – antes, o foco principal estava no meia/volante Bruno Silva, cuja negociação está praticamente sacramentada, segundo informou o empresário Carlinhos Sabiá.
Aliás, o fato de o Cruzeiro investir uma boa quantia em dinheiro em Bruno Silva, de 31 anos, um atleta considerado em idade avançada e com chances remotas de uma negociação futura, também chamou a atenção da cúpula paulista, que precisa de recursos para investir no mercado. Da última vez que contou com um atleta celeste emprestado, o Tricolor não teve sorte com o atacante Neilton.
Nesta manhã de quarta-feira, Itair Machado esteve em uma reunião para tratar do caso Hudson. O Cruzeiro tenta envolver atletas para reduzir o valor estabelecido pelo São Paulo. A metade dos direitos de Hudson está fixada em 1,5 milhão de euros (R$ 5,7 milhões).
Conforme o Superesportes informou no início do mês, o Cruzeiro tentou repassar o atacante Lucca para abater parte do valor de Hudson. A negociação é complexa, já que envolve o Corinthians, clube que detém o maior percentual do atacante que estava na Ponte Preta.
A reportagem procurou Rai, diretor do São Paulo, e Itair Machado, vice de futebol do Cruzeiro, para comentar a negociação. Eles, contudo, não atenderam as ligações.
Hudson teve papel muito importante na conquista da Copa do Brasil ao marcar gols decisivos contra São Paulo (quarta fase) e Grêmio (semifinal), além de converter sua cobrança na disputa por pênaltis contra o Flamengo, na final (vitória por 5 a 3, no Mineirão). Ele teve bom papel no elenco comandado pelo técnico Mano Menezes, sobretudo pela força física e pelo bom posicionamento para efetuar desarmes. Em 39 partidas na temporada, o volante marcou três gols, todos de cabeça.
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