Na última sexta-feira (1), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) realizou um teste público com especialistas em segurança da informação para checar possíveis vulnerabilidades em urnas eletrônicas que serão usadas nas próximas eleições em 2018. Como adiantou o G1, os participantes tiveram sucesso em decifrar arquivos internos da urna.
O coordenador de sistemas eleitorais do TSE, José de Melo Cruz, afirmou que "é possível" que os especialistas tenham identificado como votos foram registrados em uma urna. "Eles não tiveram acesso a dados do eleitor, tiveram acesso ao ‘log’, que é aquele sistema que vai monitorando a urna e escrevendo tudo que acontece na urna eletrônica, como a caixa preta de um avião, que vai registrando todos os dados do voo. E conseguiram acesso ao RDV, que é o registro digital do voto, mas não de alterar o RDV, mas sim de observá-lo", disse Melo Cruz. "Eles conseguiram essa penetração, mas não tiveram acesso à ordem de votação e todos os votos dados naquela urna. Não conseguiram identificar os votos de todos os presentes. É possível do último voto".
Gilmar Mendes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, enalteceu a "importância da contribuição da sociedade civil". Além disso, Mendes confirmou que nas próximas eleições cerca de 30 mil urnas (são 500 mil no total) terão o voto impresso para eventual necessidade de conferência — determinado por lei.
O TSE afirmou que as falhas, existentes por causa de uma atualização de sistema recente, serão corrigidas. Os documentos serão tornados públicos no dia 12 de dezembro.
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