Dois irmãos inscritos na edição 2017 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foram eliminados e conduzidos para a sede da Polícia Federal em Montes Claros, no Norte de Minas. A dupla é suspeita de tentar fraudar o exame e estelionato.
Segundo a Polícia Militar, os homens realizavam a prova na mesma sala de aula, na Escola Estadual Felício Pereira de Araújo, no bairro Sumaré. A fraude ocorreu no momento em que o irmão, de 21 anos, pediu permissão ao aplicador para ir ao banheiro. Neste momento, o outro rapaz, de 18, teria aproveitado da distração dos examinadores para trocar as provas.
A ação foi flagrada por um estudante, que comunicou a fraude ao fiscal. Após o crime, a coordenação regional do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e a PM foram acionadas.
Para a coordenação regional do Enem, o irmão mais novo disse que é estudante de medicina em faculdade privada e que teria feito a inscrição para o Enem na tentativa de ingressar em uma instituição pública.
Os irmãos tiveram as provas recolhidas, foram eliminados do Enem 2017 e levados para a PF. “No primeiro momento ele disse que a prova havia caído e apenas teria pegado o caderno de exames no chão e, sem querer, teria trocado as provas. Depois o estudante acabou confessado a troca para ajudar o irmão”, contou o delegado Marcelo Eduardo Freitas.
Ainda de acordo com o investigador, os irmãos prestaram depoimento e foram liberados. Eles podem responder pelos crimes de fraude em certame em curso superior e estelionato. Juntas, as penas podem chegar até 9 anos de prisão. “Iremos concluir o inquérito e encaminhar ao Ministério Público Federal (MPF) para medidas cabíveis”, completa.
Os candidatos, segundo o Inep, foram eliminados.
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