A Divina Banda já nasceu com o status de supergrupo. Criada este ano para homenagear o músico Marilton Borges - integrante da Banda Santa, uma das mais tradicionais bandas de carnaval da capital -, o grupo reúne em seu corpo nomes importantes da música produzida em Minas Gerais. Maurício Tizumba, Rodrigo Borges, idealizador do projeto e filho de Marilton, Ian Guedes, filho de Beto Guedes, e Jorge Continentino são alguns dos músicos que integram a banda, que traz em seu DNA o carnaval do bairro Santa Tereza, a MPB e o tambor mineiro. O grupo, que fez sua estreia em maio no famoso Bar do Museu Clube da Esquina, se apresenta pela primeira vez fora do país nesta quinta-feira (26), na Casina Pompeiana, em Nápoles, sul da Itália. A trupe também ministra oficinas de tambores aos italianos. A viagem foi viabilizada com recursos do programa Música Minas, edital da Secretaria de Estado de Cultura que promove o intercâmbio cultural e viabiliza viagens por municípios de todo o Brasil e dos cinco continentes do mundo. Somente neste ano 56 propostas foram contempladas pelo edital, que levou artistas mineiros a lugares diversos como Japão, Alemanha, Argentina, África, Suíça, além de outros estados, interior do Brasil e de Minas Gerais.
O convite para a Divina Banda se apresentar na Itália partiu de Bruno Marfé, diretor da Casina Pompeiana, onde a banda realizará shows de 26 a 28 de outubro, e do Conselheiro de Cultura de Nápoles, Nino Danielle. “Estamos muito felizes com essa oportunidade. Ficamos muito honrados por termos sido contemplados pelo Música Minas. Ter o projeto endossado pela Secretaria de Estado de Cultura constata a força do tambor mineiro e nos coloca como embaixador na Itália dessa expressão cultural. Isso é muito significativo para nós”, avalia o guitarrista Rodrigo Borges.
No dia 28 de outubro, quando a Divina Banda faz seu show de despedida em solo italiano, a rede de televisão estatal do país de Verdi, a RAI, veiculará a apresentação ao vivo em cadeia nacional. “Para nós é muito importante ter essa visibilidade. Trocar experiências nos modos de tocar os tambores e levar para a população italiana a cultura do tambor mineiro é um privilégio. Esse intercâmbio cultural é um início de um casamento cultural longevo com a Itália”, acredita Rodrigo.
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