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Fazenda histórica passa por restauração e vai integrar o Parque Estadual do Sumidouro

Após finalização das intervenções, propriedade foi entregue ao Instituto Estadual de Florestas (IEF). Fazenda Samambaia tem cerca 500 hectares e vai representar aproximadamente 25% da unidade de proteção

09/10/2017 às 15h43
Por: Redação
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Fazenda Samambaia integra o Parque Estadual do Sumidouro, um dos símbolos de maior riqueza histórica de Minas Gerais (Foto Smad)
Fazenda Samambaia integra o Parque Estadual do Sumidouro, um dos símbolos de maior riqueza histórica de Minas Gerais (Foto Smad)

Instituto Estadual de Florestas (IEF) recebeu, neste mês de outubro, a Fazenda Samambaia, em Pedro Leopoldo, totalmente restaurada. A fazenda histórica integrará o Parque Estadual do Sumidouro, unidade de proteção integral que tem o objetivo principal de promover a preservação ambiental e cultural, possibilitando atividades de pesquisa, conservação, educação ambiental e turismo.

A restauração da Fazenda se deu por meio de um acordo firmado entre a Vale Mineração - que realizou as intervenções -, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), IEF e o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG). Para a revitalização do imóvel, a empresa investiu cerca de R$ 13 milhões.

 “A entrega dessa beleza da arquitetura mineira para o IEF representa mais do que o recebimento, mas a oportunidade de poder disponibilizar esse espaço para a comunidade, atraindo o desenvolvimento econômico, a possibilidade de novas parcerias, além da divulgação da cultura mineira e das especificidades regionais”, disse o diretor do IEF, João Paulo Sarmento, no ato da entrega, na sexta-feira (6/10).

Em seguida, o gerente do Parque Estadual do Sumidouro, Rogério Tavares, falou sobre a importância histórica local. “Essa fazenda, que passará a fazer parte do conjunto de atrações do parque, representa um espaço de referência da memória rural da região no final do século IXX e início do Século XX, onde eram produzidos alimentos que contribuíam muito para o abastecimento da capital mineira”, disse.



Rogério Tavares também ressaltou o trabalho desenvolvido pelas doceiras da região e as oportunidades de parcerias com a comunidade que vive no entorno da Unidade de Conservação. “Essa entrega é valiosa para nós. Todo o trabalho de parceira que desenvolvemos aqui se justifica pelo povo que vive no entorno do parque, que também é visto como alavanca para o desenvolvimento sustentável regional”, frisou.

Para a presidente do Iepha-MG, Michele Arroyo, o objetivo do instituto é consolidar uma parceira mais efetiva com o IEF, considerando os valores ambientais dos parques, valores histórico e arquitetônico, o modo de vida, as tradições e as relações das pessoas com essas áreas consideradas de grande importância.

“Esse é um espaço para que pensemos numa gestão compartilhada, aproveitando para que as comunidades possam se apropriar, não só do local, mas também dos aspectos e valores como um todo. Nossa ideia é, a partir dessa experiência, expandir a proposta para outras unidades de conservação, investindo também num turismo mais consciente”, afirmou.

O diretor de Planejamento e Desenvolvimento de Ferrosos da Vale, Lúcio Cavalli, falou em nome da empresa, que cuidou da restauração da Fazenda Samambaia. 

“Ajudamos a preservar porque aqui vivemos, aqui trabalhamos e aqui criamos nossos filhos, somos todos parte da comunidade. Ao entregar esse patrimônio totalmente preservado e restaurado, deixamos ao Estado de Minas Gerais mais um legado extremamente positivo para a gestão ambiental”, ressaltou.

Fazenda Samambaia

A Fazenda Samambaia é constituída por sede, curral, pátio de ordenha calçado e coberto, moinho d'água, pontes e um aqueduto. A área da fazenda tem aproximadamente 500 hectares e corresponde a um quarto da área do Parque.

A restauração do imóvel buscou reavivar os aspectos culturais do patrimônio arquitetônico setecentista e estabelecer as melhores opções para preservar a identidade da edificação, incorporando alternativas para o uso atual.

A construção reflete, em sua arquitetura a estética, funções sociais e modo de vida rural típico da região na época. Em sua fundação, a Fazenda era utilizada para atividades agropecuárias, mas foi comprada pela empresa Minerações Brasileiras Reunidas (MBR) em 1964, como parte de uma jazida de calcário. A mineradora foi posteriormente adquirida pela Vale.

Fazenda possui em sua arquitetura e estética funções sociais e modo de vida rural típico da região na época (Crédito: Divulgação/Semad)

Parque Estadual do Sumidouro

O Parque Estadual do Sumidouro foi criado no dia 3 de janeiro de 1980, pelo Decreto Estadual nº 20.375, alterado pelos Decretos nº 20.598, de 4 de junho de 1980, nº 44.935 de 3 de novembro de 2008 e definido pela Lei 19.998, de 29 de dezembro de 2011. Possui área total de 2.004 hectares e está situado nos municípios de Lagoa Santa e Pedro Leopoldo, ao norte da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), a cerca de 50 Km da capital mineira.

A unidade recebeu este nome devido a sua lagoa, que possui um ponto de drenagem das águas da bacia típica dos terrenos calcários. Trata-se de uma abertura natural para uma rede de galerias, por meio da qual um curso d´água penetra no subsolo denominado “sumidouro”, termo que vem da palavra indígena "Anhanhonhacanhuva", que significa “água parada que some no buraco da terra”.

Infraestrutura

O Parque conta com duas portarias (Museu Peter Lund/Gruta da Lapinha e Casa Fernão Dias), estacionamento, alojamento de pesquisadores e centro de pesquisas.

Dentre os atrativos do Parque Estadual do Sumidouro, destacam-se a Gruta da Lapinha; o Museu Peter Lund; o Circuito Lapinha, a Trilha interpretativa que complementa a visita à gruta; Escalada, realizado nos maciços da Lapinha e que oferece três opções que variam de 550 a 750 metros de distância do Receptivo Turístico Museu Peter Lund; a Casa Fernão Dias e a Trilha do Sumidouro, que começa na Casa Fernão Dias e passa pelo marco histórico “Cruz do Pai Mané”.

Serviço:

Parque Estadual do Sumidouro

Valores:

Gruta da Lapinha com direito a entrada no Museu Peter Lund: R$ 15
Museu Peter Lund: R$ 10
Circuito Lapinha: R$ 10
Trilha Sumidouro: R$ 10
Escalada: R$ 10
Pacote Museu, gruta e trilha: R$ 20

Observação: É importante verificar a disponibilidade de vagas e horários para os atrativos junto à recepção do Parque.

Atenção: O pagamento deve ser feito apenas em dinheiro. O Parque informa que não aceita cartões de crédito, débito e cheques.

Dias e Horário de funcionamento
De terça-feira a domingo, das 8h30 às 16h, sendo a última entrada para a gruta da Lapinha às 16h.

Endereços das sedes administrativas
Administração/Museu Peter Lund/Gruta da Lapinha
Rodovia Estadual AMG 0115 - Estrada Campinho/Lapinha, km 6, Lapinha – Lagoa Santa/MG - CEP: 33400-000.
Telefone: (31) 3689-8592

Casa Fernão Dias
Rua Fernão Dias, nº 10, Quinta do Sumidouro – Pedro Leopoldo/MG
Telefone: (31) 3661 8122

E-mail para agendamento: [email protected] 
E-mail: [email protected] 
Blog: pesumidouro.blogspot.com
Facebook: www.facebook.com/parquesumidouro


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