Em sua última entrevista coletiva no clube, o comandante lamentou ter ficado por pouco tempo e deu um recado para seu sucessor.
“Trabalhamos muito todos os dias, com conteúdo. Não se faz futebol de um dia pro outro. Eu ia fazer dois meses amanhã, cheguei dia 25. É muito pouco tempo. Ainda tínhamos 13 partidas pra conquistar 14 pontos”, disse Micale, que questionou: “Eu pergunto: o que está acontecendo, aconteceu só na minha gestão? Ou já vinha acontecendo?”.
O, agora, ex-técnico atleticano afirmou que seguirá na torcida pela recuperação do Atlético-MG e avisou ao futuro escolhido pela direção o que deve fazer no comando do clube.
“Vou torcer muito pro Atlético sair dessa situação. Eu falaria pro próximo treinador ganhar o mais rápido possível. Até porque, em termos de elenco, é esse que vai até o fim” , falou.
O substituto de Micale ainda não está definido. Na terça-feira, data da reapresentação dos jogadores, a expectativa é que Nepomuceno, em coletiva, anuncie o novo treinador. Ainda na Arena Independência, o presidente afirmou que o Atlético-MG não tem mais tempo para ‘brincar’ no Brasileirão.
“Hoje era dia de um jogo decisivo para a gente buscar essa vaga na Libertadores, e não posso aceitar perder para o Vitória por 3 a 1 dentro de casa, a sétima derrota dentro de casa. Já agradeci ele no vestiário, tentou, veio, conseguiu o grupo com ele, mas é resultado. E agora a gente não pode mais ficar brincando com mais nada”, afirmou.
Rogério Micale deixa o Atlético-MG acumulando 46% de aproveitamento. Ao todo, foram 16 jogos, com cinco vitórias, oito derrotas e três empates. Anunciado, para o lugar de Roger Machado, no final de julho, o treinador, campeão olímpico com a Seleção Brasileira nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016, acabou eliminado nas oitavas de final da Libertadores, para o Jorge Wilstermann, nas quartas da Copa do Brasil, para o Botafogo, e ocupava apenas a 11ª colocação no Brasileirão.
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