As idades giram em torno dos 15 anos, mas o currículo já tem itens de peso. Quatro alunos do Colégio UNIFEMM extrapolam os limites de Minas Gerais e são indicados para participar da 23a Ciência Jovem, mostra internacional que acontece em novembro no Espaço Ciência, em Pernambuco. Com um trabalho que estudou o endividamento precoce dos jovens, Ítalo de Almeida Ribeiro, Mateus Soares Moreira, Giovane de Alvarenga e Samuel Barbosa Pires conquistaram uma vaga após serem destaque na feira da 18a UFMG Jovem, que aconteceu em julho no Campus da Universidade Federal em Belo Horizonte.
Ao longo do primeiro semestre de 2017, os alunos do 9o ano do ensino fundamental coletaram as informações, tabularam e fizeram um estudo das condições socioeconômicas de estudantes do ensino superior de duas instituições de ensino de Sete Lagoas, o UNIFEMM e a UFSJ. “Fizemos um estudo voltado para o endividamento precoce. Pesquisamos os motivos pelos quais os jovens, egressos do ensino médio e ingressantes do ensino superior, começam a se endividar cedo. E não só com relação às dívidas, mas procuramos identificar quais são seus principais gastos neste período”, explicou o estudante Ítalo Ribeiro.
Os resultados apresentados pela pesquisa mostram uma juventude ainda pouco preparada para administrar as próprias finanças. “A maioria dos entrevistados nunca recebeu educação financeira. Eles são mais propícios a ficarem endividados”, avalia Giovani de Alvarenga. Para o grupo, a questão deveria ser tratada dentro das escolas, desde o ensino fundamental, como forma de prevenir o endividamento precoce.
Para conquistar uma vaga na 23a Ciência Jovem, os quatro alunos do Colégio UNIFEMM conseguiram destaque entre os 16 trabalhos apresentados durante a UFMG Jovem. Por se tratar da 18a edição, a feira anual reuniu trabalhos de relevância técnico-científica, social e cultural que tinham como foco os estudos que envolviam a maioridade e suas consequências.
A principal proposta da UFMG Jovem é incentivar a pesquisa científica dentro da educação básica. Podem participar grupos das escolas públicas e particulares do ensino fundamental, médio e técnico. “É uma proposta muito boa, pois eles incentivam a pesquisa científica de maneira investigativa e inventiva. Então, os trabalhos precisam analisar um problema social e a partir deste problema propor uma solução”, explica o professor do Colégio UNIFEMM, Eduardo Teixeira Neves, orientador do grupo no trabalho.
Segundo o professor, além de conseguirem destaque na UFMG e uma vaga na Ciência Jovem, os alunos do Colégio UNIFEMM tiveram contato direto com todo o processo de metodologia científica. “Eles aprenderam a fazer a construção de um projeto de pesquisa passando por todas as etapas, compreenderam o que é metodologia científica, executaram esse projeto e fizeram a conclusão ao escreverem um artigo científico. Desta forma, quando chegarem ao ensino superior, estarão aptos para escrever trabalhos científicos e de conclusão de curso”, afirma Eduardo Neves, mais carinhosamente conhecido entre os alunos como Dudu.
Para os quatro alunos do Colégio UNIFEMM, o trabalho contribuiu para entender melhor a importância do planejamento financeiro. Mas não só isso. Trouxe mais experiência. “Eu sempre tive um sonho em participar de uma feira deste perfil. Então, esse sonho se realizou este ano”, revela Mateus Moreira.
Fonte: Ascom Unifemm
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