Fruto da união da Fiat com a Chrysler em 2014, o grupo FCA pode estar com os dias contados. De acordo com matéria divulgada pela agência Automotive News nesta segunda-feira (14), o conglomerado ítalo-americano rejeitou na última semana uma oferta de compra da Fiat-Chrysler Automobiles vinda de uma fabricante chinesa de automóveis cujo nome não foi revelado. No entanto, a compra do grupo segue cobiçada por outras montadoras da China.
Ainda segundo a reportagem da Automotive News, pelo menos quatro fabricantes chineses: Dongfeng Motor, Great Wall, Geely e o atual parceiro de joint venture da FCA na China, Guangzhou Automobile Group, estariam dispostos adquirir o grupo Fiat-Chrysler.
Uma fonte não revelada pela matéria disse que executivos da FCA inclusive viajaram para a China na semana passada para se encontrar com a representantes da Great Wall e, além disso, delegações chinesas foram vistas na sede do grupo FCA, em Auburn Hills, em Michigan, nos Estados Unidos. A FCA, bem como as quatro montadoras chinesas potenciais compradoras do grupo, se recusam a comentar o assunto.
Pressão do governo
As fabricantes chinesas, segundo afirma a agência, estariam sob pressão do governo para expandir suas ações para fora da China. De acordo com uma fonte ouvida pela Automotive News, qualquer venda da FCA provavelmente envolveria as marcas Jeep e Ram altamente lucrativas, bem como Chrysler, Dodge e Fiat. Maserati e Alfa Romeo seriam excluídas, assim como a Ferrari para maximizar os retornos da Exor, holding controlada pela família Agnelli, fundadora da Fiat.
Por fim, a Automotive News atribui o grande interesse dos chineses pela FCA devido a grande rede de concessionárias e os produtos globais da marca, especificamente Jeep e Ram, atenderem aos requisitos que o governo chinês estabeleceu como sendo aquisições atrativas para o país asiático. Para se ter uma ideia, só nos Estados Unidos, existem hoje 2.600 revendas das marcas pertencentes à FCA.
Da Redação com O Tempo
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