A entrevista coletiva do diretor-presidente do SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Sete Lagoas), engenheiro Arnaldo Nogueira colocou mais polêmica na obra de construção da Estação de Tratamento de Água (ETA) do Rio das Velhas. Construída para substituir o consumo de água do lençol freático pelas águas do rio, a ETA apresenta vários problemas e opera com metade da sua capacidade instalada, afirma Nogueira.
De acordo com o presidente do SAAE, a ETA Rio das Velhas “apresenta problemas estruturais e nos equipamentos instalados, o que nos obriga a operar com 250l/s, ou seja, 50% da sua capacidade, até que os trabalhos de correção possam ser concluídos num prazo de 12 meses”, afirma. Nogueira esclarece que, em virtude dessa situação, foi “ necessário a compra em caráter de urgência de ferramentas (R$120.000,00), peças de reposição (R$300.000,00), e sistema de refrigeração (R$120.000,00), para efetuar as manutenções mínimas necessárias.”, complementa.
Uma das obras mais necessárias para o abastecimento da população de Sete Lagoas – mais de 230 mil habitantes – a ETA Rio das Velhas também é uma das mais caras para a autarquia, que obteve empréstimo do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para a construção da ETA. Nogueira esclareceu que “serão necessários ainda recursos de dois milhões (válvulas e sistemas elétricos), até outubro para garantir a produção da ETA”, declara.
Para análise das falhas de concepção e de construção, o SAAE contratou a empresa de auditora JVA e a empresa de consultoria CONEPP, com conhecimento de todo o projeto, desde os estudos preliminares do sistema Rio das Velhas até sua execução. “O relatório final foi enviado para a construtora responsável pelas obras, para o BNDES, e para a Procuradoria Municipal para as devidas providências”, finalizou o presidente do SAAE.
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