Desde as 0h de hoje (6), trabalhadores da empresa Turi, responsável pela maior parte do transporte coletivo em Sete Lagoas, deflagraram uma greve. Com menos ônibus circulando nas ruas, passageiros notaram subida nos preços das corridas por aplicativo, já que a demanda por este serviço também aumentou nas primeiras horas da manhã. A paralisação é organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários de Sete Lagoas (Sinttroset) e ocorre após falta de acordo sobre reajuste salarial e pagamento de benefícios e FGTS atrasados.
Às 07:03 um aplicativo de corridas custava R$ 56,30 a viagem de carro do bairro Bouganville II até a Lagoa Paulino no Centro da cidade e R$ 26,40 a viagem de moto pelo mesmo trajeto de cerca de dez quilômetros. Para efeito de comparação, às 08:48 os preços giravam em torno de R$ 28,00 e R$ 14,00 para carro e moto nesse trajeto, respectivamente.
Outros preços de corridas registrados durante o dia de hoje:
Jardim Universitário – Lagoa Paulino:
§ 11:00 – R$ 12,91 carro
§ 12:00
§ R$ 12,91 carro
§ R$ 10,30 moto
§ 16:00
§ R$ 15,91 carro
§ R$ 11,25 moto
Itapoã II – Lagoa Paulino:
§ 11:00 – R$ 11,92 carro
§ 12:00
§ R$ 13,99 carro
§ R$ 9,76 moto
§ 16:00
§ R$ 13,90 carro
§ R 10,63 moto
Os trabalhadores exigem um reajuste salarial de 14%, além de melhorias nas condições de trabalho, como o pagamento de salários atrasados, a regularização do vale-refeição e a entrega de uniformes. A empresa, no entanto, ofereceu apenas 3% de aumento, proposta rejeitada pelos grevistas.
A greve gerou transtornos significativos para os trabalhadores que dependem do transporte coletivo, já que nenhum ônibus circulou pela cidade na manhã desta quinta. Muitos usuários foram pegos de surpresa pela paralisação, apesar de o sindicato ter comunicado previamente a ação.
A paralisação, que segue sem previsão de término, ocorre enquanto as negociações continuam. Em meio ao impasse, a cooperativa Cooperseltta (Alternativo), que também opera algumas linhas em Sete Lagoas, não aderiu à greve e manteve seus serviços, amenizando parcialmente os impactos para a população.
Em resposta à paralisação, o prefeito Douglas Melo anunciou que tomará medidas legais para minimizar os prejuízos causados à população. Em suas redes sociais, ele destacou que “não admitirá que a população seja prejudicada por desacordos entre a empresa e funcionários” e confirmou que a prefeitura está tomando providências legais para garantir a retomada dos serviços.
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