Um estudo divulgado nesta terça-feira (21), pela ACI Worldwide revela que os golpes financeiros relacionados ao Pix devem crescer cinco vezes nos próximos três anos, acumulando perdas que ultrapassam R$ 11 bilhões para os clientes de bancos no Brasil.
Segundo o relatório, elaborado em parceria com a empresa de análise de dados GlobalData, o Brasil ocupa a primeira posição global em fraudes envolvendo pagamentos digitais. Entre os seis países analisados, o Brasil responderá por cerca de 25% dos golpes financeiros digitais projetados para o período. Na sequência do ranking, aparecem Reino Unido, Índia, Emirados Árabes, Estados Unidos e Austrália.
De acordo com Vlademir Santos, chefe da divisão brasileira da ACI Worldwide, a natureza imediata das transações em tempo real, como o Pix, é explorada por golpistas que agem rapidamente para roubar fundos antes que possam ser rastreados. Ele destaca a educação do consumidor como essencial na prevenção de fraudes e na conscientização para evitar transferências feitas sob pressão ou sem análise adequada.
Compras lideram casos de golpes
Em 2023, o Brasil registrou perdas superiores a R$ 2,2 bilhões em golpes digitais, sendo o Pix o principal meio utilizado. As operações de compra representam 22% dos casos de fraudes financeiras online, seguidas por investimentos (21%) e pagamentos antecipados (17%).
Os golpistas frequentemente utilizam estratégias como descontos falsos e datas de vencimento urgentes para enganar as vítimas. Essa prática reforça a necessidade de analisar cuidadosamente as transações e desconfiar de propostas aparentemente vantajosas.
Com o aumento das fraudes, o relatório Fraude Scamscope reforça a importância de medidas preventivas e da colaboração entre instituições financeiras, governo e consumidores para mitigar os impactos da criminalidade digital.
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