O dia foi instituído em 2006, pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Rede Internacional de Prevenção à Violência à Pessoa Idosa. A sessão foi presidida e requerida pelo vereador Fabrício Nascimento (PRB) e reuniu várias lideranças políticas e especialistas no assunto na segunda-feira (19).
Umas das presenças de destaque foi a do representante do conselho estadual do idoso, Felipe Araújo, que apresentou dados que reforçam a importância sobre a conscientização e discussão do tema. “A violência contra o idoso é a que mais cresce no Brasil e 80% dos casos acontece dentro de casa”. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 11% da população de Sete Lagoas é idosa. “Estamos representando 28 mil idosos da cidade”, reforçou.
Há mais de 30 anos militando na área, o presidente do Conselho Municipal do idoso, José Antônio da Costa, lamentou uma data específica porque não deveriam acontecer casos de violência contra os idosos. “Mas que bom que estamos aqui para esse debate. Serão benefícios que meus netos vão usufruir”, acredita.
Responsável pela delegacia de proteção a mulher e orientação e proteção à família, Daniela dos Santos, enriqueceu o debate e explicou que a Polícia Civil é polícia de investigação. “Qual a atribuição da delegacia no caso de violência contra o idoso? A equipe vai ao local para ver se há indícios mínimos de violência e havendo será instaurado um inquérito policial”.
Várias propostas como grupos de convivências foram colocadas e os secretários municipais de Esportes e Lazer, Marcelo Pires, e de Cultura, Anderson Cléber, prometeram contribuir no que for possível. Engrossando a participação do executivo o prefeito Leone Maciel falou em “resgatar a história” e afirmou que “estamos sensíveis às políticas saudáveis”. Os secretários de Saúde, Magnus Silva, e de Assistência Social, Paulo França, também prestigiaram a sessão.
A falta de uma família estruturada e de educação foram lembradas pelo deputado estadual Douglas Melo como fatores que contribuem os casos. “Pouco podemos ajudar se não houver consciência familiar. Não vejo sucesso na luta se não fortalecer as bases. É preciso fortalecer as bases”, enfatizou.
Pelo lado da Câmara Municipal foi maciça a presença dos vereadores que se mostraram ávidos em contribuir. Pela experiência de vida e de forma descontraída, Pr. Alcides (PP) falou que estava “legislando em causa própria”. Gilson Liboreiro (PSL) apresentou a importante informação que “foram mais de 62 mil denúncias no Brasil em 2015”, sobre violência contra idosos.
Milton Martins (PSC) já viveu dentro de casa o problema quando teve a mãe “achincalhada na rede social”. O vereador pediu que seja cumprido o estatuto do conselho municipal e cobrou que o Executivo “desengavete projetos sobre o tema”. Gilberto Doceiro (PMDB) lembrou de Requerimento de sua autoria para “criar um espaço de convivência onde era o antigo zoológico. As ideias são colocadas, mas não são efetivadas”. Renato Gomes (PV) foi na mesma linha e parabenizou a todos pelo nível dos debates.
O presidente da sessão, Fabrício Nascimento, sugeriu, entre outras ações, “unir os conselhos e casas de permanência uma vez por mês, por mês, por exemplo, para atividades com as secretarias de Esportes e Saúde para atendimentos”. Várias outras possibilidades foram colocadas e os envolvidos se comprometeram em avaliar para que as propostas possam sair do papel e se tornar realidade para proporcionar uma vida mais digna para os idosos e, consequentemente, com a redução de casos de violência.
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