Em janeiro de 2020, a contaminação de cervejas da marca Backer por dietilenoglicol e monoetilenoglicol causou uma grave crise de saúde em Belo Horizonte e região metropolitana.
Até hoje, cinco anos depois, as vítimas convivem com sequelas severas e seguem sem reparação financeira, enquanto o julgamento dos responsáveis ainda não foi concluído.
A contaminação, atribuída a um vazamento nos tanques da fábrica, deixou dez mortos e dezenas de pessoas intoxicadas. Muitos desenvolveram problemas irreversíveis de saúde.
O bancário Luciano Guilherme de Barros, por exemplo, sofre com paralisia facial, problemas renais e perda parcial de visão e audição. Ele teme precisar de diálise ou transplante no futuro. “A minha vida hoje é ficar dentro de casa”, relatou.
O mecânico Geraldo Lopes Dias, que também foi vítima, morreu no mês passado aos 72 anos, após desenvolver câncer no fígado, possivelmente relacionado à intoxicação. “Ele morreu sem ver justiça”, lamentou sua esposa, Luzi Braga.
Situação judicial
Em setembro de 2020, o Ministério Público denunciou 11 pessoas, incluindo sócios-proprietários da Backer, por homicídio, lesão corporal e outros crimes. Contudo, até hoje, o julgamento não foi concluído.
Repercussão e impacto
A tragédia continua afetando a vida de vítimas e familiares, que aguardam respostas e reparação. Enquanto isso, a Backer permanece fechada, e o caso segue como um dos maiores escândalos envolvendo a indústria de bebidas no Brasil.
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