Aconteceu na manhã desta terça-feira (26), a reconstituição do crime da ‘Chacina de Neves’, em que morreram Felipe Júnior Moreira Lima, de 26 anos, o vulgo Melesi, o filho dele, Heitor Felipe, que comemorava o aniversário de 9 anos, e Layza Manuelly de Oliveira, de 11 anos. O crime aconteceu em 23 de maio deste ano.
A reconstituição, pedido pela defesa dos acusados e autorizada pela Justiça, ocorre no Espaço de Festas, no bairro Areias, em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte, onde tudo aconteceu.
Evelyn Eduarda, mãe do Heitor Felipe, foi ao endereço e disse como é difícil revisitar as lembranças daquele dia. “Estamos atrás de Justiça! Hoje é um dia muito difícil, relembrando tudo de novo. Falei que nunca mais eu ia passar aqui nessa porta, mas quero Justiça, viemos atrás da verdade. Sou a peça principal, já que estava ao lado do Felipe”, disse.
Ela contou que faz acompanhamento psicológico, que está sob efeito de remédios, mas tem sido difícil: “O tempo não ajuda, o tempo só piora, o luto não tem prazo de validade”.
Quem participou da reconstituição? Yago Pereira de Souza Reis, de 23 anos, acusado como um dos atiradores, e Ivone Silva de Almeida, de 42 anos, que teria repassado as informações sobre a festa para os assassinos, participam da reconstituição.
A advogada Ana Luiza França, representante dos irmãos Flávio Celso da Silva, de 45 anos, o “Alemão”, e Leandro Roberto da Silva, de 43, o “Beirola”, que estão foragidos, também compareceu. “Achamos melhor eles não se entregarem por enquanto, até que acabe toda essa instrução probatória”, explicou. Ela defendeu a inocência dos clientes, acusados de liderarem o tráfico de drogas no Morro Alto, em Vespasiano (Grande BH) que motivaram o crime.
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