O quilombo da Pontinha, localizado em Paraopeba, promove nesta semana a sua tradicional festa em comemoração ao Dia da Consciência Negra, em um evento aberto ao público. Palestras, congado e apresentações marcam o evento, que vai para a sua 22ª edição.
A comunidade existe há 300 anos e hoje residem cerca de 500 famílias. A Pontinha tem seu reconhecimento junto a Fundação Cultural Palmares solicitada em 2004 (e publicada em abril de 2005), possuindo seu próprio Cadastro Ambiental Rural (CAR) feito pelos quilombolas. “Somos um quilombo que vem lutando em busca de reconhecimento de seus direitos, mas que tem muita cultura e lendas”, diz Gizelia Moreira, originária da Pontinha. “Somos um quilombo muito organizado, que tem uma associação [atuante] desde 1984, antes mesmo da exigência da Constituição”, completa.
Há 21 anos a tradicional festa acontece no local, sempre no dia 20 de novembro (que pela primeira vez será feriado nacional). Com eventos culturais e festivos, este ano a festa terá mais uma novidade: “Pretendemos ter um espaço para expor objetos antigos usados pelos nossos antepassados e também expor produtos feitos por nossos quilombolas”, aponta Gizelia.
As tradições se misturam com a cultura, como o congado de Guarda de Nossa Senhora do Rosário e o coral constituído de moradores da Pontinha. Para quem deseja visitar o local, há muita história viva para se conhecer, como a capela da padroeira do povo negro, além da Lagoa Dourada, um local sagrado, com diversas passagens sobre os antepassados que ali viveram.
22ª Tradicional Festa do Quilombo da Pontinha
De 20 a 24/11
Quilombo da Pontinha – Paraopeba
Mín. 20° Máx. 28°