Há exatos 133 anos, começava um novo capítulo no Brasil. Comemora-se nesta sexta-feira a Proclamação da República, o levante político-militar que deu início à República Federativa Presidencialista no dia 15 de novembro de 1889, acabando com a monarquia no País.
Até então, o Brasil era o único país independente das Américas que ainda era governado por um imperador. Mas após a Guerra do Paraguai, os militares brasileiros passaram a exigir mais reconhecimento do governo.
Também chamada de golpe de Estado político-militar, a proclamação foi feita na Praça da Aclimação no Rio de Janeiro, a antiga capital do país, por um grupo de militares do exército brasileiro, liderados pelo marechal Manuel Deodoro da Fonseca, que assumiu o poder no País.
Hoje é Dia: Proclamação da República/Infografico – Arte/Agência Brasil
O marechal instituiu um governo provisório e, posteriormente, se consagrou o primeiro presidente do Brasil. Enquanto isso, o imperador Dom Pedro II foi tirado do poder e saiu do país na madrugada do dia 16 de novembro com destino à Europa.
O dia se tornou um feriado nacional em 1949, através da Lei nº 662.
A letra foi escrita por Medeiros de Albuquerque, e a música composta por Leopoldo Miguez.
Seja um pálio de luz desdobrado.
Sob a larga amplidão destes céus
Este canto rebel que o passado
Vem remir dos mais torpes labéus!
Seja um hino de glória que fale
De esperança, de um novo porvir!
Com visões de triunfos embale
Quem por ele lutando surgir!
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!
Nós nem cremos que escravos outrora
Tenha havido em tão nobre País…
Hoje o rubro lampejo da aurora
Acha irmãos, não tiranos hostis.
Somos todos iguais! Ao futuro
Saberemos, unidos, levar
Nosso augusto estandarte que, puro,
Brilha, ovante, da Pátria no altar!
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!
Se é mister que de peitos valentes
Haja sangue em nosso pendão,
Sangue vivo do herói Tiradentes
Batizou este audaz pavilhão!
Mensageiros de paz, paz queremos,
É de amor nossa força e poder
Mas da guerra nos transes supremos
Heis de ver-nos lutar e vencer!
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!
Do Ipiranga é preciso que o brado
Seja um grito soberbo de fé!
O Brasil já surgiu libertado,
Sobre as púrpuras régias de pé.
Eia, pois, brasileiros avante!
Verdes louros colhamos louçãos!
Seja o nosso País triunfante,
Livre terra de livres irmãos!
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!
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