Ocorreu nesta terça-feira, dia 15 de outubro, o julgamento da principal suspeita de ser a mandante do assassinato do próprio marido, identificado como Arley Vaz da Silva.
A mulher, identificada como Mayara Almeida de Sá Silva, foi condenada a 23 anos e 8 meses de prisão em regime fechado.
O crime aconteceu no dia 22 de outubro de 2022, no bairro JK em Sete Lagoas. Conforme boletim de ocorrência, na ocasião, o assassino mandou a vítima descer do carro e se ajoelhar, quando a mesma foi atingida por dois tiros, sem qualquer chance de defesa. A vítima, pai de família, não tinha passagens pela polícia e deixou dois filhos menores.
Os outros dois envolvidos no crime são irmãos gêmos e também irão a julgamento, já que o caso foi desmembrado e os três réus serão julgados em separado. Fábio e Flaviano Ribeiro de Assis, conhecidos como os “Gêmeos do São Francisco”, são apontados como figuras de alta periculosidade.
No andamento do caso, que corre na 3ª Vara Criminal e do Tribunal do Júri da Comarca de Sete Lagoas, foi revelado que os gêmeos podem ter cometido um assassinato em 8 de fevereiro de 2023, cerca de quatro meses após a morte de Arley.
A magistrada responsável pelo julgamento destacou que o modus operandi dos crimes é idêntico: os gêmeos executavam companheiros de mulheres com quem se envolviam. Além de Arley, outros homicídios apurados mostram um padrão criminoso semelhante, o que reforça as acusações contra os irmãos.
Na decisão que determinou a prisão de Fábio, Flaviano e Mayara Almeida de Sá Silva, companheira dos gêmeos, a quebra de sigilo telefônico revelou que Mayara demonstrava “propensão a gostar de bandido”. As mensagens interceptadas indicavam, ainda, que os gêmeos agiram para evitar que fossem responsabilizados pela execução de Arley.
Antes de sua captura, Mayara estava foragida da Justiça e tentou obter habeas corpus, argumentando que por ser mãe de uma criança de 11 anos, deveria ter direito à prisão domiciliar e ao uso de tornozeleira eletrônica.
A juíza negou o pedido, mantendo sua prisão no regime fechado. Atualmente presa em Vespasiano, Mayara aguardava o julgamento e agora com a condenação, ela será mantida em regime fechado.
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