A Polícia Civil de Minas Gerais recomendou que Welbert de Souza Fagundes, réu pela morte do sargento Roger Dias da Cunha, morto com um tiro na cabeça no início de janeiro de 2024 em Belo Horizonte, seja internado em uma unidade psiquiátrica.
O perito da corporação afirma que ainda não foi possível concluir o diagnóstico do réu. Por isso, foi solicitado ao chefe da seção pericial que a família de Welbert seja entrevistada, preferencialmente a tia e a irmã. Porém, até que as conclusões sejam tomadas, o especialista pede para que o réu seja acompanhado, devido à complexidade do caso.
Segundo a Polícia Civil, Welbert tem um transtorno mental importante e não está em tratamento. Por isso, recomenda-se que ele seja internado em uma unidade psiquiátrica para a estabilização do quadro. Atualmente, ele está preso na Penitenciária de segurança máxima Francisco Sá, no Norte de Minas.
Após a recomendação dos peritos da Polícia Civil, nesta sexta-feira (20), a defesa do réu voltou a pedir à Justiça que Welbert seja transferido para um hospital psiquiátrico. No documento, o advogado diz que o criminoso tem indícios de deficiência mental, por isso, o “convívio com os demais detentos pode ser altamente prejudicial”.
A ‘saidinha’, como é conhecida a saída temporária, ganhou relevância especial depois de um sargento da polícia militar ser baleado no dia 5 de janeiro. O suspeito do crime é um homem que estava em saída temporária da cadeia.
Welbert de Souza Fagundes, de 26 anos, é apontado como o responsável por disparar várias vezes à queima roupa contra a cabeça do sargento da Polícia Militar, Roger Dias da Cunha, no bairro Novo Aarão Reis, Região Norte de Belo Horizonte.
O Sargento Dias passou por duas cirurgias assim que foi socorrido ao Hospital João XXIII - uma para conter a pressão intracraniana e outra para conter o sangramento na perna, pois a bala atingiu uma artéria. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu na noite do dia 7 de janeiro.
Welbert tem 18 boletins de ocorrência registrados contra ele, por crimes como roubo, ameaça e tráfico de drogas. O Ministério Público foi contra a saída dele do sistema prisional, mas o benefício foi concedido pela juíza da Vara de Execuções Penais de Ribeirão das Neves, Bárbara Isadora Santos Sebe Nardy.
A juíza justificou sua decisão com base no atestado de conduta carcerária e disse que Welbert não havia cometido nenhuma falta grave, embora o Ministério Público tivesse apontado o episódio do furto de veículo. O MPMG recorreu da decisão junto ao Tribunal de Justiça e não recebeu nenhum retorno.
No dia 11 de janeiro, poucos dias após a morte do sargento Dias, Welbert se tornou réu por um furto qualificado cometido em julho de 2023. Poucas semanas depois, a Justiça aceitou a denúncia e Welbert se tornou réu por homicídio triplamente qualificado contra o sargento Dias. Ele segue detido desde a época do crime.
Mín. 18° Máx. 23°