Um tamanduá-bandeira fêmea morreu na última quarta-feira (18), em Prata, no Triângulo Mineiro, horas após ser resgatado de uma queimada na região.
Mesmo encaminhado para o Hospital Veterinário da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), o animal não resistiu a uma parada cardiorrespiratória.
Em vídeo cedido pela Polícia Militar de Meio Ambiente, é possível ver uma brigada recolhendo o tamanduá prejudicado.
Ele apresentava as quatro patas queimadas, glicemia baixa e estava coberto de fuligem. Segundo veterinários da UFU, o animal teria inalado bastante fumaça.
Já no Hospital Veterinário da Universidade, o quadro clínico foi confirmado grave. Luana, como foi batizada a fêmea, estava com “baixo escore corporal” — medida que avalia a condição nutricional e peso do animal.
A suspeita é de que ela tenha ficado sem água e alimento por muito tempo. Horas após o resgate, o tamanduá faleceu.
Ainda segundo a Polícia, o incêndio na reserva legal às margens da rodovia BR-153, em Prata, destruiu cerca de 500 hectares.
Não há informações sobre a causa da queimada.
Minas Gerais tem o maior número de queimadas em vegetação dos últimos 13 anos, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Com 6.508 focos até o último dia 5, o estado mineiro alcançou o maior índice em mais de uma década. Segundo o Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais do Ibama (Prevfogo), mais de 90% dos casos têm ação humana.
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