Uma força-tarefa de órgãos públicos tenta impedir que incêndios avancem para o Parque Arqueológico da Serra de Santo Antônio, situado na serra de mesmo nome, localizada no município de Andrelândia, no Sul de Minas Gerais.
A Unidade de Conservação abriga mais de 500 pinturas rupestres com mais de 3.000 anos, ou seja, foram feitas cerca de 1.000 anos antes de Cristo.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, as chamas não atingiram o interior da unidade. O combate ao fogo que destrói as matas do entorno chegou ao nono dia nesta sexta-feira (13).
Durante os trabalhos, já houve uso de helicóptero para lançamento de água sobre a vegetação. A operação conta com apoio de, ao menos, 13 Bombeiros, seis brigadistas e duas viaturas, em uma ação que envolve a Defesa Civil, prefeitura, Corpo de Bombeiros e a administração do parque.
Nessa quinta-feira, o prefeito da cidade e o comandante de operações dos Bombeiros sobrevoaram a área atingida. Combatentes fizeram abertura de aceiros, que são faixas de terra para separar áreas de mata e, assim, se evitar a propagação do fogo.
De acordo com a administração do parque, o avanço da queimada em direção ao sítio arqueológico está controlado, mas “é necessário continuar a combater o fogo na Serra do Turvo” para evitar a difusão das chamas.
“Embora não seja possível assegurar total garantia de proteção, consideram o parque livre do risco de ser atingido por este grande e sem precedente incêndio”, diz comunicado do Parque.
Parque Arqueológico da Serra de Santo Antônio
O Parque Arqueológico da Serra de Santo Antônio está situado na serra de mesmo nome, em Andrelândia, no sul de Minas Gerais, em uma área de aproximadamente 12 hectares, o equivalente a quase 12 campos de futebol.
O espaço abriga o sítio arqueológico Toca do Índio, que guarda um conjunto de pinturas rupestres com mais de 500 figuras geométricas e zoomorfas.
Além da riqueza arqueológica, o parque tem exuberância de fauna e flora. Uma das propostas do espaço é a preservação da araucária, árvore em risco de extinção, classificada como criticamente ameaçada.
A área ainda abriga animais como lobo-guará, mico-estrela e veado campeiro.
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