O anúncio da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) sobre o acionamento da bandeira vermelha patamar 2 pegou consumidores e economistas de surpresa na última sexta-feira. A medida, motivada pelo baixo nível dos reservatórios e a necessidade de ativar termelétricas mais caras, deve elevar as contas de luz em até 13% neste mês, segundo especialistas ouvidos pelo GLOBO. Esse aumento pode pressionar ainda mais a inflação, que já atingiu o teto da meta estabelecida pelo Banco Central para 2024.
Economistas estimam que a bandeira vermelha 2, a mais alta da escala tarifária, acrescentará R$ 7,877 a cada 100 kWh consumidos. Dependendo do consumo médio, isso pode significar um aumento de até R$ 16 em contas de luz residenciais. Esse acréscimo pode impulsionar a inflação de setembro em até 0,52 ponto percentual, levando o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) a encerrar o mês em torno de 0,72%.
Com a seca severa afetando o país e as previsões pessimistas para o retorno da bandeira verde, economistas acreditam que a inflação pode fechar o ano acima do teto da meta. O impacto da bandeira vermelha deverá ser sentido até o final do ano, com uma possível redução para bandeira amarela apenas nos últimos meses, caso as condições hidrológicas melhorem.
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