A Secretaria de Saúde de Minas confirmou, nesta sexta-feira (30) a primeira morte por coqueluche no Estado este ano. Trata-se de um bebê de dois meses do sexo masculino, que faleceu no dia 19 de julho em Poços de Caldas, na região Sul.
A vítima tem um irmão gêmeo que também testou positivo para a coqueluche, mas já teve alta hospitalar.
Até a quinta-feira (29) foram notificados, no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), 413 casos suspeitos de coqueluche, dos quais 131 foram confirmados em quase oito meses - 9 vezes maior do que o registrado em todo ano passado.
É o segundo maior número de casos desde 2019, quando foram registrados 542 suspeitos, 183 confirmados e três mortes.
De acordo com a investigação epidemiológica realizada pelo município, a criança ainda não tinha recebido nenhuma dose da vacina contra a doença, devido à faixa etária, e a mãe também não foi vacinada com dTpa (vacina que protege contra a difteria, o tétano e a coqueluche) na gestação.
Casos suspeitos, confirmados e óbitos por coqueluche, desde 2019:
2024
413 casos suspeitos
131 casos confirmados
uma morte
2023
157 casos suspeitos
14 casos confirmados
sem mortes
2022
198 casos suspeitos
14 casos confirmados
sem mortes
2021
111 casos suspeitos
14 casos confirmados
sem mortes
2020
87 casos suspeitos
37 casos confirmados
sem mortes
2019
542 casos suspeitos
183 casos confirmados
três mortes
A Secretaria de Estado de Saúde informou que a vacinação contra a coqueluche em Minas, de acordo com o Painel de Imunização, do Ministério da Saúde divulgado nesta sexta é de 83,58%. A imunização é feita com a pentavalente, que também é utilizada contra difteria, tétano, Haemophilus influenzae do tipo B e hepatite B.
Já a cobertura da vacina tríplice bacteriana (DTP), que imuniza contra a difteria, tétano e coqueluche, é de 83,65%, enquanto a da dTpa adulto é de 71,29%.
A meta vacinal estabelecida pelo Programa Nacional de Imunização de ambas as vacinas é de 95%.
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