A Polícia Civil de Minas Gerais prendeu dois homens suspeitos de participar de um estupro coletivo contra uma adolescente de 14 anos, em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte. Um deles é um MC de 26 anos. O outro é um motorista de carro por aplicativo de 23 anos.
Um terceiro investigado, outro MC de 22 anos, está foragido. O caso aconteceu no dia 02 julho, mas a instituição tornou o caso público nesta quinta-feira (28).
A delegada Karla Moreira Lima conta que o crime aconteceu na casa do jovem de 22 anos. Dois dos investigados teriam buscado conversas com a vítima, que é vizinha dele. “A dupla chamou o terceiro envolvido. Depois, tentaram ludibriar a menina e a levaram para dentro do imóvel”, relata.
Em seguida, segundo a denúncia que consta do estupro coletivo, a jovem foi forçada a ir até um quarto. “Os suspeitos apagaram a luz. Um deles [de 22 anos] a puxou para cima e a beijou à força. O segundo [de 23 anos] puxou o short e realizou conjunção carnal. O terceiro [de 26 anos], por não conseguir praticar ato libidinoso, restou segurá-la pelos braços e cabelos”, narrou a chefe da investigação da PC.
A investigação ainda apontou que um dos envolvidos no caso ameaçou a vítima e deu a pela pílula do dia seguinte para evitar gravidez. Quatro dias após o caso, a jovem contou à mãe sobre o ocorrido e a família acionou a polícia.
Os telefones dos investigados foram apreendidos. Segundo a delegada, havia nos aparelhos imagens deles com outras meninas possivelmente menores de idade.
“Por ser um caso de extrema gravidade e pela Polícia Civil ter ciência que poderia haver outras vítimas, representamos pela apresentação da imagem desses homens. Até para angariar novas vítimas. Porém, o pedido foi negado”, completa.
O jovem que praticou a conjunção carnal alegou à polícia que teve consentimento da vítima, o que foi questionado pelos investigadores. A adolescente contou, ainda, que viu parentes de um dos investigados tirando fotos dela.
“A lei traz que todo estupro ocorrido com menor de 14 anos, havendo ou não consentimento daquela vítima, é tipificado como estupro. Estamos falando de uma menina de 14 anos, então não configuraria estupro de vulnerável por esse motivo, mas esses homens, se aproveitando da vulnerabilidade da vítima, ludibriaram-na, falando que só queriam conversar e a levaram para o quarto”, detalha.
De acordo com a delegada, as prisões temporárias foram convertidas em preventivas.
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