Entre janeiro e julho de 2024, foram confirmados 22 casos de febre maculosa em Minas Gerais, resultando em duas mortes, conforme dados divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).
Comparado ao mesmo período de 2023, houve uma diminuição significativa no número de casos e mortes, que foram de 30 e 13, respectivamente. Em agosto deste ano, uma nova morte foi registrada em Divinópolis, na região Centro-Oeste do estado, envolvendo um homem de 46 anos que apresentou sintomas no final de julho e faleceu no início de agosto.
A febre maculosa é uma doença grave, causada por bactérias do gênero Rickettsia, transmitida pela picada de carrapatos infectados, particularmente os do gênero Amblyomma, conhecidos como “carrapato estrela” ou “carrapato de cavalo”. Em Minas Gerais, o principal agente causador é a bactéria Rickettsia rickettsii, responsável pela Febre Maculosa Brasileira, a forma mais grave da doença.
Os sintomas iniciais da febre maculosa incluem febre alta, dor de cabeça intensa, dores musculares, náuseas, vômitos, e dor abdominal. À medida que a doença avança, podem surgir manchas vermelhas nos pulsos e tornozelos, que não coçam, e podem se espalhar para outras partes do corpo. Em casos mais graves, pode ocorrer gangrena nos dedos e orelhas, paralisia, e, eventualmente, parada respiratória.
A prevenção da febre maculosa depende, principalmente, de ações educativas para orientar a população sobre os riscos, os sintomas, e a importância do diagnóstico precoce e tratamento imediato. Em áreas com alta infestação de carrapatos, é recomendado evitar o contato com esses vetores e utilizar roupas de proteção ao entrar em áreas conhecidas por abrigar carrapatos.
A febre maculosa pode ocorrer durante todo o ano, mas sua incidência é maior durante o período seco, entre abril e outubro, quando a atividade dos carrapatos tende a aumentar.
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