O delegado Bruno Gilaberte Titular, titular da 82ª DP (Maricá), espera o resultado de um laudo cadavérico para concluir o inquérito da morte da jovem que bebeu um milkshake envenenado. Nessa segunda-feira (12), o laudo pericial feito na bebida constatou a presença de “chumbinho”.
De acordo com o resultado, “o material tornou-se nocivo à saúde, uma vez que, a substância terbufós, adicionada ao material do gênero alimentício, atua farmalogicamente como inibidora da enzima acetilcolinesterase, sendo absorvidas pelo organismo através da pele e mucosas”.
O suspeito de cometer o crime é o ex-namorado da vítima, que está preso. Deivid Nascimento Santana já teve a prisão temporária mantida.
Com a conclusão do inquérito, a polícia pretende converter para prisão preventiva.
O crime
O caso ocorreu no dia 4 de agosto, em Maricá, na Região Metropolitana do Rio.
Deivid, de 30 anos, indicou a ex-namorada, Vitória da Conceição Pereira, de 23 anos, para uma faxina alegando que ela estava desempregada e precisando de dinheiro.
Após a mulher ser contratada, Deivid inventou uma história de amor ao contratante. Ele disse que queria aparecer de surpresa na casa e pedir a ex em casamento. Mas antes, pediu que o contratante entregasse a ela um milk shake de morango, sabor que ela mais gosta, sem avisar que ele quem havia entregue. Acreditando na história, o homem deu o milkshake a Vitória, que começou a convulsionar e precisou ir para o hospital. Ela morreu no dia seguinte.
Na época, a polícia já suspeitava que o doce continha veneno de rato. Deivid, que se apresentou com outro nome ao contratante, foi preso na terça-feira (6), na zona oeste do Rio. Para a Polícia, o crime foi premeditado.
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