Emblemática: assim se resume a participação e a entrevista de Caio Bonfim após medalha olímpica na marcha atlética. Prata nas Olimpíadas de Paris, o brasileiro celebrou o resultado histórico com um forte desabafo sobre as dificuldades e o preconceito sofrido no decorrer da carreira.
Após quase 1h20 de prova na marcha atlética, Caio Bonfim se tornou o primeiro brasileiro a subir no pódio nesta modalidade dos Jogos Olímpicos. O atleta conquistou a medalha de prata na modalidade - a segunda do Brasil nas Olimpíadas de Paris - na manhã desta quinta-feira (01).
Desabafo de Caio Bonfim
Caio Bonfim concedeu uma entrevista bastante emocionado após a confirmação do resultado. Ao longo de toda zona mista, o atleta relembrou não só as dificuldades pela falta de investimento, mas os preconceitos sofridos desde que iniciou na marcha atlética.
"Foi difícil desde o dia que eu fui marchar na rua pela primeira vez e fui xingado, e falei para o meu pai que havia decidido ser marchador. E ali eu larguei para esse dia. São quatro Olimpíadas. Terminei carregado em uma cadeira de rodas em 2012. E agora sou medalhista olímpico. Esse momento é eterno. Tem que ter muita coragem para viver de marcha atlética, não é fácil. Mas valeu a pena pagar o preço. Hoje eu pude falar para os meus pais que somos medalhistas olímpicos", iniciou.
Na sequência, o medalhista olímpico falou sobre o impacto da vitória para o status da marcha atlética no Brasil.
"Eu brinco que o Brasil tem dois esportes: o futebol e o outro é o que está ganhando. Então, se você quer aparecer, tem que estar no outro que está ganhando. Agora, somos medalhistas olímpicos. Tomara que essa medalha possa abrir portas e ter investimento", e continuou:
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