Morreu, nesta terça-feira (30), o bebê que precisou usar uma máscara de oxigênio improvisada com uma embalagem de bolo durante uma internação no mês passado em Santa Cruz, cidade no interior do Rio Grande do Norte. A informação foi confirmada pela família do bebê ao g1.
Ainda não se sabe qual a causa da morte. A família informa que a criança estava com cinco meses e teve várias complicações de saúde após ser transferida para Natal, a capital do estado. O bebê teve que fazer uma traqueostomia, mas não resistiu.
Segundo a família, a criança tinha hidrocefalia, usava uma bolsa de colostomia e tinha síndrome de Dandy-Walker - uma malformação no cérebro que causa problemas no desenvolvimento motor e aumento da cabeça.
Bebê usou máscara improvisada com embalagem de bolo
No dia 8 de junho, o menino deu entrada no Hospital Municipal Aluízio Bezerra, em Santa Cruz, cidade a cerca de 120 Km de Natal. A criança apresentava um quadro de bronquiolite aguda e precisava ser transferida para uma unidade de saúde com UTI pediátrica.
Enquanto aguardava a transferência, a médica Ellenn Salviano improvisou um leito de UTI semi intensiva para o bebê, usando uma embalagem de bolo como máscara de oxigênio. A “gambiarra” fez com que a criança conseguisse esperar por quatro horas a ambulância que a levou para a capital do estado.
“Não é um fato isolado meu, do hospital, eu acho que é de todos os serviços que fazem parte do SUS. Eu já perdi a conta de quantos hoods (capacete de acrílico usado para aumentar a concentração de oxigênio em torno da cabeça da criança) improvisados eu já fiz nesses nove anos de medicina. Infelizmente é mais comum do que se imagina”, disse Ellenn ao g1.
No dia 13 de junho, o bebê chegou a ter alta da UTI do Hospital Varela Santiago, em Natal. Segundo a equipe médica, ele tinha apresentando melhora progressiva no padrão respiratório, mas ainda usava uma suplementação de oxigênio por meio de um cateter nasal.
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