A juíza Elise Silveira dos Santos aceitou, nesta sexta-feira (5 de julho), a denúncia formalizada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e tornou um ex-policial civil réu pelo homicídio praticado contra o ex-delegado Hudson Maldonado, de 86 anos. A vítima foi queimada viva em 22 de maio após ter sua casa invadida em Sete Lagoas.
Na decisão, a magistrada ponderou que os indícios apresentados pelo MPMG evidenciam a "justa causa para a instauração da ação penal".
Elise ainda determinou que o ex-policial civil permaneça em prisão preventiva. "A situação fática é exatamente a mesma vivenciada à época em que decretada a prisão, inexistindo notícias de fatos novos que justifiquem a revisão do 'decisum'", afirmou.
Agora, o acusado tem o prazo de dez dias para responder à acusação, indicando se tem ou não condições de contratar advogado.
O ex-delegado Hudson Maldonado, que também era advogado criminalista, foi queimado vivo dentro de casa. A vítima estava com uma cuidadora quando o ex-policial civil a rendeu, entrou no quarto e ateou fogo.
O Corpo de Bombeiros foi acionado e encontrou o corpo do ex-delegado carbonizado. As chamas da casa foram controladas antes da chegada dos militares. O imóvel foi isolado pelos agentes e a energia desligada.
Segundo a Polícia Civil, a motivação do crime foi a exclusão do ex-policial civil do quadro da instituição por meio de Processo Administrativo Disciplinar (PAD), que contou com a participação da vítima à época. O ex-agente foi expulso após constatação de prática de transgressão disciplinar de natureza grave.
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