No início dessa semana, um vídeo que mostra uma cena de tortura circulou nas redes sociais, gerando revolta e indignação entre os moradores de Curvelo.
No vídeo, uma mulher é brutalmente torturada por outra mulher, após ser acusada de roubar um boné. A vítima, uma conhecida dependente química da região, sofre violência física e psicológica enquanto é coagida pela agressora.
Em uma entrevista à jornalista Lorena Lemos da Rádio Centrominas, foram detalhados os aspectos perturbadores do caso. Lorena relatou que o vídeo, com duração de três minutos e vinte e sete segundos, mostra a agressora utilizando uma faca para intimidar e ferir a vítima.
A Polícia Militar informou que não recebeu nenhuma denúncia formal relacionada ao incidente e que a data exata da ocorrência ainda é desconhecida. Com isso, a responsabilidade pela investigação deverá ser assumida pela polícia judiciária.
Para esclarecer os possíveis crimes cometidos, Lorena consultou o advogado André Carneiro, que comentou sobre a gravidade da situação. "Fiquei estarrecido ao ver o vídeo. Nele, verifica-se a prática de vários crimes, incluindo tortura e cárcere privado. A vítima é claramente constrangida com violência e grave ameaça para obter informações sobre um suposto furto," afirmou Carneiro.
Além da tortura, o vídeo mostra uma terceira pessoa presente durante o ato, que não apenas se omitiu de ajudar, mas incentivou a agressora. Carneiro ressaltou que essa pessoa também pode ser responsabilizada legalmente. Um agravante adicional é a presença de uma criança que, segundo o vídeo, filma a agressão e parece ser incentivada a rir da situação, o que agrava ainda mais o crime.
Nossa equipe entrou em contato com a Polícia Civil, que informou que a vítima foi ouvida nesta quarta-feira (27) e que "a demanda está em apuração, assim que possível enviaremos o retorno."
O advogado concluiu pedindo uma investigação imediata por parte das autoridades públicas e uma punição rigorosa para todos os envolvidos. "É assustador ver a que ponto a nossa sociedade chegou, rindo da violência contra uma pessoa vulnerável. Esperamos que os responsáveis sejam punidos com o rigor da lei," finalizou Carneiro.