Pacientes diagnosticados com HIV e atendidos pelo Centro de Atendimento e Aconselhamento (CTA) da W3 Sul, em Brasília, foram alvo de extorsões após terem dados pessoais vazados.
Criminosos chantagearam os pacientes, exigindo dinheiro em troca de não divulgar informações sigilosas.
Até o momento, não se sabe a extensão do vazamento ou o equipamento afetado. A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) afirmou não ter detectado vazamentos em seu sistema.
Ao menos três pessoas foram chantageadas. Uma das vítimas, João (nome fictício), recebeu uma mensagem ameaçadora no WhatsApp, onde os criminosos mencionaram seu nome completo e dados pessoais, exigindo R$ 1 mil para não divulgar essas informações à sua família e vizinhos.
João registrou boletim de ocorrência na 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul). A polícia investiga o caso para identificar os responsáveis pelo vazamento e pelas extorsões.
A situação é preocupante, pois o centro de atendimento atende cerca de 5 mil pacientes soropositivos, enquanto o Sistema Único de Saúde (SUS) em Brasília atende mais de 10 mil. A divulgação de dados sigilosos pode causar grande impacto psicológico nas vítimas.
A SES-DF, em nota, afirmou não ter registro de incidentes que resultassem no vazamento de dados e garantiu que medidas estão sendo tomadas para proteger as informações dos pacientes.
A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) no Brasil assegura a proteção dos dados de saúde dos pacientes, obrigando o poder público a garantir a privacidade dessas informações.
A SES-DF investigará as denúncias e adotará todas as medidas legais para identificar qualquer incidente.
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