Uma mulher de 30 anos, internada em uma clínica de saúde mental, foi estuprada pelo vigilante que trabalhava no local. O caso foi registrado em Aldeia, no município de Camaragibe, no Grande Recife. Uma câmera filmou o momento em que o segurança da unidade pratica o crime. No vídeo, ele coloca a mão por baixo do lençol que cobria a vítima.
O caso aconteceu em 17 novembro de 2023, mas somente nessa semana a investigação da Polícia Civil (PC) foi concluída com o indiciamento do autor do crime por estupro de vulnerável e de um técnico em enfermagem, por omissão de socorro, já que ele teria visto o abuso e não fez nada para interrompê-lo. O homem, está foragido.
Segundo a advogada Maria Eduarda Albuquerque, que representa a família da paciente, a mulher tem 30 anos e estava internada na clínica particular para se tratar de uma crise de depressão.
“Encaminharam ela para uma ala masculina, porque houve uma admissão e a pessoa que entrou estava muito exaltada. Colocaram nessa outra ala para ela dormir. E o segurança cometeu o crime. Isso foi de uma quinta para sexta e ela ficou desesperada. Tinha tomado medicação, mas estava acordada quando aconteceu”, disse a advogada.
Na imagem, a vítima aparece sozinha, deitada na maca, na ala hospitalar. O autor do crime se aproxima e passa a mão várias vezes pelo corpo da dela. Depois ele sai tranquilamente. O homem trabalhava há dois meses no local, na jornada 12x36 e havia saído do local às 07h daquele dia.
De acordo com a advogada da mulher, a vítima relatou que fechou os olhos e “queria que aquilo acabasse”. Ela disse também que, depois dos abusos, a paciente continuou sozinha na sala e a família só foi avisada horas depois do crime para comparecer à clínica na manhã do dia seguinte.
Segundo a família da paciente, a qual estava internada para se tratar de uma crise de depressão, o criminoso foi indiciado por estupro no início de junho, mas segue foragido seis meses após o crime. A advogada disse ainda que a clínica não ofereceu qualquer apoio à família da paciente.
“Eles se sentiram totalmente abandonados pela clínica, de dar algum tipo de assistência ou algum valor em dinheiro para respaldar um tratamento. Nada. Inclusive, até falei com um advogado de lá e pedi para que analisasse algum tipo de proposta. A resposta foi ‘não’ e que a gente tomasse as medidas cabíveis”, disse Maria Eduarda Albuquerque, ao G1.
A Polícia Civil (PC) informou que o inquérito foi concluído, com o indiciamento do vigilante pelo crime de estupro, e encaminhado para o Ministério Público de Pernambuco (MPPE).
Em nota, a Clínica Hospitalar Reluzir afirmou “que desde o seu conhecimento, o hospital não só deu todo apoio a vítima, como a família e a polícia para investigar o caso”.
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