A presidenta do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas (CBH Rio das Velhas), Poliana Valgas, foi para Bali, na Indonésia, para participar do maior evento global sobre gestão de recursos hídricos. O Fórum Mundial da Água reúne os principais especialistas mundiais para discutir vários assuntos.
A intenção é promover uma troca de experiências entre as diferentes nações, além de buscar compromissos multilaterais dos países em busca de melhorar a preservação ambiental.
Esta é a 10ª edição do Fórum Mundial da Água. O evento, organizado pelo Conselho Mundial da Água, é realizado a cada três anos. A programação começou no último sábado (18) e termina amanhã (25).
Cerca de 20 mil inscritos, incluindo lideranças governamentais, representantes do setor privado, instituições de ensino e outras entidades participaram de painéis temáticos, palestras e discussões de vários temas.
Para a presidenta do CBH Rio das Velhas, a participação do colegiado tem sido bastante importante. “O Velhas se soma a outras instituições brasileiras que estão participando do evento. A delegação brasileira tem um número considerável de pessoas, inclusive de Comitês de Bacias. De Minas, além do Velhas, nós temos representantes do Velhas, Paraopeba, Pará e São Francisco. E a gente se soma a este grupo que tem participado de diversos painéis. Para o Velhas está sendo uma oportunidade única, e uma honra para mim estar aqui representando o Comitê. Buscando entender quais são os caminhos que o mundo busca para enfrentar as crises climáticas e para ter uma gestão hídrica mais eficiente, buscando água para a prosperidade das nações”, comenta Poliana Valgas.
Desde que chegou à Indonésia, a presidenta do CBH Rio das Velhas participou de uma agenda extensa durante o Fórum Mundial da Água. Poliana Valgas se reuniu com diversos especialistas, referências mundiais na gestão de recursos hídricos. “Nossa participação vem muito na perspectiva de entender quais são os caminhos que estão sendo trilhados por outros países e instituições, sejam elas governamentais ou privadas. Temos uma variedade de painéis e também um pavilhão dos países, onde cada um apresenta soluções para enfrentar a crise climática e para a gestão de recursos hídricos, além do enfrentamento a desastres naturais”, afirma.
Um dos principais temas abordados no evento são os investimentos em tecnologias e estratégias adotadas pelos países no enfrentamento a desastres naturais e catástrofes climáticas. “A sustentabilidade dos recursos hídricos tornou-se uma questão premente para o mundo. As necessidades globais de água aumentaram acentuadamente, em linha com o crescimento populacional e industrial. Entretanto, a disponibilidade de água de qualidade e sustentável é cada vez mais difícil devido à degradação ambiental e às alterações climáticas. Em meio ao atual crescimento populacional e às mudanças climáticas, diversas agendas importantes que devem ser priorizadas, a saber: esforços de conservação da água; disponibilidade de água potável e saneamento; segurança alimentar e energética; bem como a mitigação de desastres naturais, como inundações e secas”, disse Joko Widodo, presidente da Indonésia e anfitrião do evento.
Confira mais fotos da participação da presidenta do CBH Rio das Velhas no evento:
A presidenta do CBH Rio das Velhas afirma que nas discussões durante o Fórum Mundial da Água percebeu que as estratégias adotadas pelo Comitê na gestão de recursos hídricos e preservação da bacia do Velhas estão alinhadas com o que é previsto pelos maiores especialistas mundiais. Além disso, ações adotadas em diferentes países, principalmente na prevenção a agravos climáticos e ambientais, trabalham na mesma perspectiva do que é defendido pelo Comitê. “Eu tenho visto que estamos no caminho certo. Trabalhou-se muito aqui nas soluções baseadas na natureza, e a importância de se desenvolver mais ações de infraestrutura verde e a importância disso para aumentar a segurança hídrica, mitigar impactos ambientais, como inundações e alagamentos. E como Comitê a gente já tem trabalhado nesta linha, como nos terraços, barraginhas. Vários dos nossos projetos trabalham nesta linha. Vimos também muita tecnologia simples, de fácil acesso, que pode ser aplicada pelos atores, seja pelo Comitê de Bacias, ou pelo próprio estado”, afirma Poliana.
Conselho Latino-Americano da Água
Durante o Fórum, na Indonésia, também aconteceu a solenidade para lançamento do Conselho Latino-Americano da Água. A intenção é unir esforços, entre as diferentes nações, para criar iniciativas integradas voltadas para a boa gestão dos recursos hídricos.
A presidenta do CBH Rio das Velhas acompanhou o lançamento do Conselho e destacou que o Brasil foi um dos protagonistas na criação do projeto. “O Conselho vai ser composto por todos os países da América Latina. E vem com a perspectiva de trabalhar ações integradas entre as nações, principalmente na gestão de águas transfronteiriças”, destacou Poliana.
As ações do Conselho devem começar em agosto deste ano, após uma reunião já marcada para acontecer em Foz do Iguaçu, no Paraná. “O território latino-americano tem muitos desafios a serem enfrentados no que se refere à gestão da água. E o Conselho irá permitir a integração das ações para um melhor cuidar dos recursos hídricos”, afirmou Filipe Sampaio, diretor da Agência Nacional de Águas e Saneamento (ANA) durante o lançamento do Conselho.
Mín. 16° Máx. 29°