CASO HUDSON MALDONADO
Câmeras de segurança identificam autor do homicídio do delegado Hudson Maldonado e facilita investigações da polícia.
Acionados via Copom, deslocamos ao local dos fatos onde, segundo informações, um cômodo de uma residência estaria em chamas e que o morador possivelmente teria sido vítima de homicídio.
Ao chegar no local, identificamos duas mulheres na porta da residência que se encontrava com o portão aberto, sendo identificadas como a solicitante W.L.D.A. e a sra. L.C.N., sendo possível identificar uma grande quantidade de fumaça advinda do interior da residência. a sra. L.C.N., apavorada pela situação, informou que Doutor Hudson estaria no interior.
A guarnição, imediatamente, adentrou ao imóvel identificando que as chamas advinham de um quarto próximo à entrada da residência. pode-se notar um cilindro de oxigênio na parte externa e, devido à proporção das chamas e risco de explosão, os militares realizaram a contenção do fogo através de extintor de incêndio veicular e água.
Após, foi identificado um indivíduo, homem, deitado sobre a cama com o corpo queimado. A guarnição acionou o Samu e o Corpo de Bombeiros Militar. Compareceu a equipe do BM e realizaram os trabalhos, posteriormente a equipe do Samu , que informou que o paciente estava em óbito, identificado como o Sr. Hudson Maldonado Gama, com corpo carbonizado.
Foi realizado o acionamento da perícia, isolamento do local imediato e mediato, para os trabalhos da polícia judiciária. Compareceu a perita, que realizou os trabalhos de praxe, juntamente com equipes da polícia civil qualificadas, que apontaram cheiro forte de substância análoga a gasolina e identificaram uma caixa de papelão de cerca de 30x20, vazia, em cima de um móvel.
No local há câmeras de monitoramento na área externa e interna da casa, de modo que foram arrecadados pela equipe da polícia civil um gravador digital de vídeo (dvr) e um aparelho celular. Nas proximidades foram identificadas câmeras em comércios nos numerais 5348, 5360.
Segundo a sra. L.C.N., cuidadora do senhor Hudson, testemunha dos fatos, que informou que chegou ao trabalho pela manhã, não identificou nada de atípico ou anormal, que por volta das doze horas um indivíduo interfonou apresentando-se como entregador da farmácia lobato e que teria uma encomenda para o Dr. Hudson, que relutou a abrir o portão, porém, ao aproximar foi ameaçada com os seguintes dizeres: "abre aqui se não vou te matar".
E que, após a ameaça, abriu o portão da residência e em complemento teria dito: "meu problema não é com você, sai daqui, meu problema é com ele que está me devendo tem dezoito anos". A sra. L.C.N. não soube apontar características do autor, apenas limitando-se a dizer que era um homem de quarenta anos, pardo, aproximadamente 1,8m de altura, que usava um capacete aberto, levantado sob a cabeça e portava uma garrafa similar a desinfetante e uma caixa em uma das mãos e na outra uma faca tipo facão.
Relatou que no momento que o autor adentrou a residência, escutou um som de grito de dor, evadindo para procurar socorro posteriormente. A sra. L.C.N.apontou que o autor subtraiu dois aparelhos celulares pertencentes à vítima. A sra. W.L.D.A. informou que estava no horto municipal e escutou os pedidos de socorro, que a sra. L.C.N. solicitou ajuda, informando o acontecido. afirmou que tão logo realizou o acionamento da Polícia Militar. Relatou que visualizou uma motocicleta pequena, tipo 125 cc, evadindo do local por volta das 12:15. acrescentou que poucos minutos depois observou a chegada da viatura policial. Informou ainda não conhecer a vítima.
A sra. B.S.S. compareceu ao local, sendo apontada pela cuidadora como sendo a esposa da vítima. A sra. B.S.S. permanecia no interior do seu veículo até o primeiro contato dos militares. Solicitou adentrar ao imóvel para confirmar o óbito, sendo informada pelos militares da importância de preservar o local para os trabalhos periciais. As chaves e o portão da residência foram entregues ao fim da ocorrência em mãos. A sra. B.S.S. relatou que é companheira da vítima há cerca de dezenove anos, que saiu da residência para ir a um comércio próximo e que tomou conhecimento da situação via telefone.
Relatou que a vítima, advogado, delegado aposentado, encontrava-se em situação delicada de saúde após um derrame no mês de outubro, e que estava em reabilitação física, mas era dependente de apoio. acrescentou que o sr. Hudson era acompanhado por quatro cuidadoras, 24 horas por dia, e que tinha determinação clara para não abrir o portão em caso de pessoas desconhecidas.
Questionada, informou que a vítima era pessoa reconhecida na região, que não possuía desavenças e nem dívidas, acrescentou que não sofria ameaças e nem soube apontar possíveis suspeitos. Restringiu-se a dizer apenas que iria identificar o autor. A sra. B.S.S. informou que a vítima possuía um celular da marca iphone, aparelho este não localizado pela perícia e apontado pela testemunha L.C.N. como subtraído da residência. A sra. B.S.S. não soube informar o e-mail ou quaisquer dados que possibilitem identificar o aparelho, sendo orientada a realizar o bloqueio via CBLOC, caso possível.
Compareceu no local a funerária Agebras, que realizou a remoção do corpo para o IML.