A Stellantis, dona de marcas como Fiat, Jeep, Peugeot e Citroën, vai investir R$ 14 bilhões no polo automotivo de Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, entre 2025 e 2030. O valor corresponde a 46% do aporte de R$ 30 bilhões nas fábricas do Brasil anunciado pela montadora em março – a planta da Grande BH vai receber a maior cifra.
Outros R$ 454 milhões serão aplicados ainda em 2024 na expansão da linha de motores de Betim, com o objetivo de ampliar a capacidade produtiva de 750 mil para 1,1 milhão de unidades por ano.
O presidente da Stellantis para América do Sul, Emanuele CapEmanuele Cappellano fala sobre planos da Stellantis — Foto: Rafaela Mansur/ g1pellano, também confirmou nesta segunda-feira (20) o lançamento de veículos com a tecnologia bio-hybrid neste ano. A previsão é de que o modelo, que combina eletrificação com motores flex movidos a etanol, chegue ao mercado no segundo semestre.
“O etanol junto com a eletrificação atuam como a tecnologia que, de fato, é mais barata que outras formas, como o elétrico puro, é muito sustentável e muito consistente com a matriz energética do país”, disse Cappellano.
Segundo ele, 2024 “começou bem” para a montadora, que atingiu 30,3% de market share no Brasil no primeiro trimestre.
Cappellano não detalhou como e onde os outros R$ 16 bilhões serão investidos no país, mas disse que os recursos são necessários para viabilizar a transição tecnológica e lançamentos – estão previstos 40 novos modelos até 2030.
“[O recurso será investido em] Trazer novas tecnologias, renovar todo o nosso line-up, com carros novos ou a renovação de carros existentes, trazer novas plataformas e arquiteturas bio-hybrid, plataformas que tenham a habilidade de carregar níveis diferentes de hibridização ou eletrificação, e depois trazer os motores híbridos”, explicou.
Ainda de acordo com Cappellano, a Stellantis acompanha com "atenção" a situação das enchentes no Rio Grande do Sul, onde há fornecedores e concessionárias ligadas à montadora. Ele destacou que "com certeza haverá algum impacto a nível industrial".
"O nosso foco é dar continuidade à nossa produção e, de fato, atender as exigências da planta para garantir o dia a dia", afirmou.
Mín. 18° Máx. 22°