Seis pessoas são investigadas pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) por suposto envolvimento em um esquema de fraudes em provas de legislação de trânsito em Belo Horizonte. Segundo a instituição, cerca de 30 alunos de autoescola teriam sido beneficiados no crime no ano de 2023.
Durante coletiva de imprensa na manhã desta quarta-feira (3), a PCMG disse que o esquema envolve duas autoescolas da Região de Venda Nova, um instrutor e cinco funcionários da Unidade de Atendimento Integrado (UAI).
Segundo as investigações, o instrutor investigado intermediava o contato dos alunos com os profissionais do UAI para serem aprovados no exame de legislação, que é exigido pelo Detran-MG na hora do candidato avançar para as aulas práticas na rua.
O valor cobrado pelo grupo variava entre R$ 2 e R$ 3 mil. O instrutor fazia a marcação no UAI Venda Nova e, lá, apontava quais alunos seriam beneficiados. Na hora da prova — que é feita no computador — o funcionário da Unidade usava uma caneta para apontar a reposta correta e, assim, o aluno que pagou a propina era aprovado no exame.
Sete mandados de busca e apreensão foram cumpridos na manhã desta quarta-feira. Segundo os investigadores, o valor obtido no esquema era divido entre os envolvidos. Os candidatos que pagaram o valor devem responder por corrupção ativa.
As investigações ainda estão em andamento para verificar se houve outras pessoas beneficiadas no esquema em anos anteriores.
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