Mais um golpe na praça tira o sossego e, muitas vezes, cifras do bolso do consumidor. Utilizando anúncios e mensagens difundidas nas redes sociais, criminosos passam a falsa informação de que as operadoras de cartão de crédito estariam “escondendo” valores que deveriam ser devolvidos à clientela na forma de “cashback”.
Para convencer a vítima, os textos das propagandas fake trazem até imagens de apresentadores de telejornais em supostas reportagens informando que os Procons obrigaram as operadoras de cartão de crédito a devolver boas quantias em dinheiro, o que é mentira.
Cashback é o nome de uma prática comercial em que um percentual do valor pago na compra com cartão é devolvido ao cliente, em dinheiro na conta ou na forma de desconto na aquisição de outros produtos.
A ousadia dos bandidos no “golpe do cashback” induz o consumidor a clicar em um link que o leva a preencher um formulário – estratégia comum em outros golpes já divulgados pelo Procon ou a própria polícia – como a promessa de que somente assim é possível se tem direito a alguma devolução. Ao informar os dados solicitados, incluindo o número do cartão de crédito, o pesadelo de fato começa.
Além de já terem os dados do cartão de crédito da vítima para novos crimes, os golpistas informam que o recebimento do suposto crédito em cashback depende do pagamento de uma taxa. Uma vez pago o valor, a comunicação é encerrada e todo contato é bloqueado.
O Procon da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) esclarece que qualquer informação deve ser buscada diretamente nas instituições financeiras, e nunca por meio de canais oferecidos em redes sociais ou aplicativos de mensagem. Segundo o coordenador do Procon Assembleia, Marcelo Barbosa, o consumidor deve desconfiar sempre de ofertas que pareçam muito vantajosas. “Evite clicar em links duvidosos. Na dúvida, acione o serviço de atendimento ao consumidor (SAC) do seu banco ou da sua operadora de cartão”, orienta.
Se perceber que caiu em um golpe, o consumidor deve imediatamente entrar em contato com a instituição e informar o ocorrido, a fim de tentar recuperar o valor pago. Além disso, é importante registrar um boletim de ocorrência e bloquear o cartão cujo número foi repassado aos golpistas.
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