O Governo de Minas é denunciado por precarizar a Universidade Corporativa da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig),conhecida como UniverCemig ou “Escolinha da Cemig”, em Sete Lagoas.
Jefferson Leandro, da direção do Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores na Indústria Energética (Sindieletro/MG), explica que ao impactar diretamente a atuação dos eletricitários, a piora das condições do centro de treinamento deve ser sentida inclusive pela população atendida pela empresa.
A categoria denuncia que o governo Zema reduziu o quadro de instrutores da instituição, prédios e alojamentos da escola estão sem manutenção, e a quantidade de cursos oferecidos diminuiu.
A UniverCemig, considerada referência nacional e internacional, foi criada em 1967 e é responsável pela capacitação dos trabalhadores da empresa para atuarem em atividades do setor elétrico, como a distribuição, a transmissão e a manutenção. Porém, nos últimos anos, a escola tem sofrido com o desinvestimento e constantes ameaças de fechamento.
No segundo semestre de 2022, a Comissão do Trabalho, da Previdência e da Assistência Social da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) recebeu uma denúncia de que as dependências da instituição estariam mofadas e com infiltrações.
Foto: Sarah Torres/ALMG
Em visita técnica, a comissão apurou que, na época, a média de 600 alunos caiu para 100 e o número de formadores diminuiu de 60 para 12.
“Constatamos uma série de problemas estruturais e de ordem política, mesmo aqui sendo o maior centro de treinamento do tipo da América Latina. A UniverCemig já chegou a ter mais de 1000 alunos e agora não chega nem a 80. O que nos parece é que a prática adotada aqui é uma preparação para o processo de privatização da empresa”, disse o deputado estadual Betão (PT), durante a visita.
Foto: Sarah Torres/ALMG
O outro lado
A reportagem procurou a Cemig e o governo de Minas para comentar sobre as denúncias. Em nota, a empresa afirmou que “os treinamentos obrigatórios e os essenciais para a plena execução das atividades continuam sendo ministrados normalmente” e que a UniverCemig “passa atualmente por uma reestruturação”.
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