A operação Lesa Pátria alcançou a marca de 100 mandados de prisão preventiva e de 347 de busca e apreensão. Na manhã desta quinta-feira (29), a Polícia Federal deflagrou a 25ª fase da operação. Entre os alvos, estão empresários sócios de uma rede atacadista.
A PF cumpriu três mandados de prisão, sendo dois no Distrito Federal e um em São Paulo. Também foram cumpridos mandados no Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Tocantins, Paraná, Mato Grosso do Sul e Espírito Santo.
As investigações da Lesa Pátria giram basicamente em torno de dois perfis diferentes de pessoas que supostamente tenham envolvimento nos atos antidemocráticos que culminaram nas cenas de vandalismo na Praça dos Três Poderes, em 8 de janeiro de 2023. A PF quer saber quem invadiu e danificou as estruturas e quem financiou os atos.
Todos os mandados são analisados e autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que lidera as ações relacionadas ao evento.
Segundo a corporação, a operação é permanente, “com atualizações periódicas acerca do número de mandados judiciais expedidos e pessoas capturadas”.
A primeira fase da operação foi deflagrada em 20 de janeiro de 2023. Na ocasião, cinco pessoas foram presas. O grupo enviava mensagens e incitava ações ilegais, como o bloqueio de refinarias. Desde então, outras 95 foram cumpridas pela PF.
25ª fase
Em Brasília, dois empresários foram alvos de mandados de prisão. Adauto Lucio de Mesquita e Joveci Xavier de Andrade são sócios em uma rede de supermercados atacadista.
Ambos chegaram a ser investigados pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instalada na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CL-DF) por suspeita de participação e financiamento do acampamento de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) montando em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, dias após o fim do segundo turno das eleições presidenciais de 2022. Os manifestantes, que participaram no dia 8 de janeiro, pediam intervenção militar.
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