A instalação de uma rede sismográfica em Sete Lagoas, coordenado pela Prefeitura de Sete Lagoas, em parceria com a Universidade Federal de Brasília (UnB), se tornou uma referência e pode motivar o mesmo projeto em outras regiões de Minas Gerais. Esta proposta foi debatida na tarde desta quarta-feira, 7, entre representantes da administração, da universidade e da Defesa Civil do Estado.
A Prefeitura sempre tratou a situação dos tremores em Sete Lagoas com seriedade. Desde 2022, quando houve registros com maior frequência, os trâmites tiveram como tônica a transparência baseada em estudos técnicos. “Todo o debate é norteado pelo modelo criado em Sete Lagoas na condução dos estudos sobre os tremores de terra. A proposta é altamente positiva e já está sendo levada ao Governo de Minas. Uma rede permanente e, por isso, teremos conhecimento profundo e imediato diante de qualquer registro”, explicou Dr. Edmundo Diniz, secretário municipal de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico e Agropecuária.
O projeto abrangente está sendo coordenado pelo professor e pesquisador da UnB, Lucas Vieira. Com uma experiência de décadas atuando em locais onde foram registrados grandes tremores no Brasil, ele destaca a importância do monitoramento permanente em Sete Lagoas e em cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte. “O projeto envolve uma região descoberta em termos de estações sismográficas. Os equipamentos instalados no Brasil estão muito distantes e, por isso, os dados não permitem estudos precisos sobre os sismos. Com esta nova proposta, poderemos apontar o local exato e suas causas”, ressalta o professor e pesquisador.
O Governo de Minas foi representado na reunião pela Defesa Civil Estadual. O aceno positivo foi imediato após a apresentação do professor Lucas Vieira. Uma rede sismográfica poderá gerar informação precisa e segura boa parte de Minas Gerais. “O estudo que está sendo feito em Sete Lagoas é muito importante e agora poderemos levar este trabalho para outras regiões. Uma excelente fonte de pesquisa já que o acadêmico deve andar ao lado do empírico. Temos que estar à frente no que se refere à prevenção e mitigação de possíveis ocorrências”, destacou O capitão do Bombeiro Militar, Cléber Ribeiro de Carvalho, diretor de Redução do Risco de Desastre da Defesa Civil de Minas Gerais.
O professor Lucas Vieira também garantiu a cessão de equipamentos o que vai diminuir consideravelmente o custo do projeto. O plano é formalizar um consórcio entre os municípios envolvidos para cotizar os investimentos. Os valores serão apresentados nos próximos dias.
Também participaram da reunião Sérgio Andrade, coordenador da Defesa Civil Municipal e Antônio Garcia Maciel, secretário Municipal de Obras, e integrantes da Defesa Civil Estadual e Municipal.
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