Pesquisadores da Agência Técnica de Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária de Goiás (Emater) se surpreenderam com a grande procura dos interessados em mudas de pequi sem espinhos. De acordo com o órgão, mais de 50 mil pessoas de todo o país de inscreveram para receber as amostras da variação do fruto, que levou 25 anos para ser desenvolvida.
Amado e apreciado na culinária goiana, o pequi divide opiniões. Para receber exemplares, os interessados tiveram que entrar em uma lista de espera — que precisou ser suspensa diante da demanda 10 vezes maior que a quantidade de mudas disponíveis. Segundo a Emater, a previsão é de que a entrega da variedade do fruto seja feita no prazo de um ano.
As mudas estão sendo produzidas por cinco viveiristas em Goiás, selecionados para realizar a multiplicação das plantas e, somente depois, a comercialização. Dessa forma, ainda deve demorar para que o produto chegue na mesas dos apaixonados pelo fruto.
No Viveiro JLN, em Santa Rita do Novo Destino, as plantas estão em fase de desenvolvimento e devem começar a ser comercializadas em dezembro. Segundo o responsável pelo estabelecimento, José Carlos da Silva, a expectativa é vender mais de 6 mil mudas, que, de acordo com ela, podem ser negociadas por cerca de R$ 80.
De acordo com a Centrais de Abastecimento de Goiás (Ceasa), o estado é o quarto maior produtor do fruto no país. Só no ano passado, Goiás produziu 4 mil toneladas e movimentou mais de R$ 5 milhões.
O pequi sem espinhos é o resultado de 25 anos de pesquisa desenvolvida pela Emater, em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – unidade Cerrados (Embrapa Cerrados). O trabalho resultou em seis variedades de pequi, sendo três com espinhos e três sem espinhos nos caroços. As seis cultivares foram registradas no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
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