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2023 foi o ano mais quente registrado na história

Estudo com dados foi publicado por importante centro de pesquisa europeu nesta terça-feira (9)

09/01/2024 às 15h44 Atualizada em 09/01/2024 às 15h56
Por: Redação Fonte: Mega Cidade com Itatiaia
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Calor extremo foi percebido no Brasil, principalmente nos últimos meses
Calor extremo foi percebido no Brasil, principalmente nos últimos meses

O ano de 2023 substituiu 2016 como o mais quente já registrado da história. Isso é o que aponta o Resumo Anual do Clima de 2023, publicado nesta terça-feira (9), pelo Copernicus Climate Change Service, importante centro de estudos da Europa.

Conforme os dados do Centro europeu, a temperatura média global em 2023 foi de 14,98ºC. Esse valor é 0,17ºC acima da média de 2016.

O calor é resultado do aumento da concentração dos gases do efeito estufa e da ocorrência do El Niño. Os cientistas já alertavam para o acontecido.

‘2023 foi o ano mais quente de que há registo, perto de 1,5°C acima do nível pré-industrial. As temperaturas durante 2023 provavelmente excederam as de qualquer período pelo menos nos últimos 100.000 anos’ escreveu Samantha Burgess, diretora adjunta do Copernicus, nas redes sociais.

 Mapa aponta temperaturas e anomalias na superfície do planeta em 2023

Além disso, pela primeira vez, todos os dias de um ano ficaram 1ºC acima do nível pré-industrial, entre 1850 e 1990.

El Niño

O último ano também foi marcado por uma transição de fenômenos climáticos, com o fim do La Niña. No início de julho, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) declarou o começo do El Niño, caracterizado pelo aumento da temperatura da superfície das águas do Oceano Pacífico.

A elevação da temperatura média das bacias oceânicas, e em particular no Atlântico Norte, desempenharam um papel importante na quebra de recordes de temperaturas médias globais.

A temperatura elevada já era esperada?

O relatório aponta que, apesar de uma temperatura elevada ser esperada, o aumento foi além do previsto. O calor foi visto como inevitável, devido à combinação do aquecimento climático contínuo e a ocorrência do El Niño.

Na Europa, 2023 foi o segundo ano mais quente da história, com 1,02ºC acima da média de 1991 a 2020. No entanto, o ano encerrado não superou as médias de temperatura de 2020 no continente, que atingiram 1,20ºC a mais.

O inverno europeu foi o segundo inverno mais quente já registrado e setembro foi o mês mais quente no continente.

Por sua vez, na Antártida, o gelo atingiu extensões baixas recorde para a época, com extensões diária e mensal atingindo mínimos históricos em fevereiro de 2023.

Aumento dos gases do efeito estufa

As concentrações atmosféricas de dióxido de carbono e metano também atingiram níveis recordes em 2023, sendo, respectivamente, 419 ppm e 1.902 ppb.

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