As investigações sobre os assassinatos da vereadora Marielle Franco (Psol) e de seu motorista Anderson Gomes serão elucidadas “em breve”. É o que voltou a reiterar o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, nesta quinta-feira (21), na cerimônia em que apresentou balanço de sua gestão neste ano.
Em sua reta final à frente da pasta, Dino disse que as execuções estão a ‘meses ou semanas’ de serem esclarecidas. A dupla foi morta em uma emboscada, em março de 2018, no Rio de Janeiro. Até agora não se sabe a motivação do crime. Para o ministro, trata-se de um caso fundamental “pelo seu simbolismo de defesa das mulheres, de defesa das mulheres na política e de defesa da política”.
Segundo Dino, a investigação conduzida por equipes da Polícia Federal dedicadas ao assunto deve revelar a participação de políticos e do crime organizado. “No dia 2 de janeiro, disse que nós iríamos elucidar definitivamente o caso Marielle Franco. (...) É claro que eu não controlo o inquérito, eu não tenho a honra de ser policial, mas o doutor Andrei Rodrigues está aqui. Eu quero reiterar e cravar, não tenham dúvida, que o caso Marielle, em breve, será integralmente elucidado.”
Sem entrar em detalhes específicos da investigação, Dino revelou que a delação do ex-policial militar Élcio de Queiroz — um dos assassinos da vereadora e do motorista — foi fundamental para desencadear operações recentes que ajudaram a descapitalizar e desarmar facções que atuam no Rio de Janeiro que teriam responsabilidade pela autoria intelectual do crime.
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