Apresentar os elementos organizadores da estratégia do Ministério da Educação (MEC) para avançar na melhoria da oferta dos anos finais do Ensino Fundamental. Esse foi o objetivo do Seminário Nacional Escola das Adolescências, realizado no dia 1º de dezembro no Auditório do Anexo II do MEC, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, e também no Cine Brasília, onde houve o encerramento. O evento contou com as presenças de gestores escolares de todo o país, incluindo Sete Lagoas, indicada para compor o Grupo de Trabalho Interfederativo (GTI).
"Os anos finais do Ensino Fundamental têm desafios que reúnem complexidade de gestão, de organização das transições entre etapas e de singularidades do sujeito adolescente", explica Márcia Veiga, diretora do Departamento de Equipe Pedagógica da Secretaria Municipal de Educação, Esportes e Cultura de Sete Lagoas. De acordo com dados da última avaliação do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), de 2021, o desempenho dos alunos regride entre o 6º e o 9º ano. Além disso, esse período também é marcado pelo número de evasões escolares.
O evento contou com apresentação de documentário dos pesquisadores Patrícia Mota e Daniel Domingues; mesas-redondas abordando temas como “Qual escola queremos para as adolescências?” e “Anos finais do ensino fundamental: transições e regime de colaboração”; o painel “Compromissos de uma política nacional para os anos finais do ensino fundamental”; e exposição de trabalhos de destaque de estudantes dos anos finais do Distrito Federal.
De acordo com Márcia Veiga, o Governo Federal está iniciando uma reforma educacional, onde todas as etapas educacionais sofrerão alterações e todos os envolvidos no processo estão sendo solicitados a fim de contribuir significativamente com as novas perspectivas da Educação Básica. "Entendemos que Sete Lagoas já está no caminho certo dessas mudanças, pois já é adepta a uma pedagogia de projetos, integrando os atores do processo no planejamento educacional. É gratificante participar desse momento e isso é apenas o início. Ainda teremos outras etapas, como seminários, encontros e diálogos para fomentar ações com o intuito de alcançar de fato a aprendizagem significativa nesse período escolar motivando, principalmente, as adolescências a trabalhar por um projeto de vida", afirma Márcia.
Para a secretária municipal de Educação, Esportes e Cultura, Roselene Teixeira, é um orgulho imensurável ter uma representante no seminário. "O ápice do Século XXI é aprender a conviver e esse movimento em prol das adolescências possibilitará fazer a gestão dos encontros intergeracionais que ocorrem no âmbito escolar, que na maioria das vezes gera conflitos por falta dessa premissa de saber conviver num contexto permeado por complexidades e diversidades", reflete.
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