Moradores de Pains, no Centro-Oeste de Minas Gerais, se revoltaram com uma foto em que uma criança é vista dormindo no chão do banheiro de uma escola municipal. O garoto aparece de bermuda, deitado em uma base perto do vaso sanitário. A Prefeitura de Pains divulgou nota em que diz apurar o caso.
À reportagem, a mãe da criança contou ter sido informada em reunião na Escola José Maria Fonseca, ainda em outubro, que o filho era colocado para dormir no banheiro da instituição e que o mesmo ocorria com outros alunos. A justificativa para que os alunos dormissem por lá seria de que o local é mais fresco.
Segundo narra a mãe, a direção relatou que funcionárias demitidas estariam ameaçando divulgar registros do menino e de outras crianças dormindo no banheiro para que fossem readmitidas. Na ocasião, ainda em outubro, a mãe não teve acesso aos materiais que provavam o caso, e que foi informada que deveria procurar as monitoras dispensadas, por conta própria, para resolver a situação.
Sem ter provas de que o filho era colocado para dormir no banheiro, a mãe pouco pode fazer até o início desta semana. Na segunda-feira (4), Milene Milheiros recebeu a imagem e procurou a PM no dia seguinte. “Eu fiquei revoltada né, a escola jogou a culpa nas monitoras tirando totalmente a responsabilidade da escola. Eu ouvi aquilo e não tinha vídeo, não tinha foto, saí de lá triste, revoltada, sem nada”, disse.
Milene conseguiu a foto com a mãe de outro aluno da escola, que esteve no local e viu o filho de Milene no banheiro. Após a confirmação, a mãe tirou imediatamente o garoto da instituição. O menino tem 2 anos e diagnóstico de autismo.
Agora, Milene se mobiliza em busca de justiça para o ocorrido com o filho e outras crianças na escola. A reportagem procurou a Prefeitura de Pains, o prefeito e a Secretaria de Educação da cidade nesta quinta-feira (7). No entanto, não obteve retorno.
“A Prefeitura Municipal de Pains, juntamente com a Secretaria de Educação, comunica a toda a poopulação que está tomando todas as providências necessárias para a apuração do caso envolvendo uma criança na escola da Rede Municipal de Educação”.
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