No trânsito, a luz amarela do semáforo serve como indicativo de alerta a motoristas, motociclistas, pedestres e ciclistas. Como referência a essa sinalização, nasce o Movimento Maio Amarelo, que tem o objetivo de chamar a atenção da sociedade para o alto índice de mortes e feridos no trânsito em todo o mundo.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, dentre as causas externas, os acidentes de transporte terrestre (ATT) são a principal causa de óbito.
Em Minas Gerais, de acordo com os dados do Boletim de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis, no período de 2010 a outubro de 2016 (dados parciais até outubro), verifica-se que os homens apresentaram maior percentual de óbito por acidentes de transporte terrestre, com 81%, e as mulheres com 18,8% dos óbitos.
Com a proposta de reforçar que as mortes no trânsito precisam ser freadas e que cada um (motoristas, motociclistas, pedestres e ciclistas) é responsável por mudar esse cenário, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, pelo segundo ano consecutivo, desenvolve ações para a campanha.
Para a campanha deste ano, serão distribuídos para as 28 Unidades Regionais de Saúde, 30.000 cartazes, 400.000 folders e 400.000 adesivos com informações e orientação sobre o tema.
Na internet, o site www.saude.mg.gov.br/vidanotransito foi criado especialmente para o cidadão consultar informações sobre práticas saudáveis no trânsito. A campanha também será feita nas redes sociais da SES-MG (Facebook, Twitter e Instagram).
Além disso, nestas quarta e quinta-feiras (10 e 11/5), a Coordenação de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis irá realizar o Seminário Estadual Vida no Trânsito, que tem o objetivo de promover a discussão intersetorial das ações para redução da morbimortalidade por acidentes de trânsito em Minas Gerais, além de fomentar a expansão das estratégias do Projeto Vida no Trânsito para as 28 Unidades Regionais de Saúde.
A coordenadora de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, Janaína Passos de Paula, explica que a população se beneficia muito das ações de prevenção aos acidentes de trânsito, à medida que se reduzem as admissões hospitalares e a gravidade dos traumas.
“De acordo com a Organização Mundial da Saúde, o setor também ganharia se, com a garantia de condições mais seguras para pedestres e ciclistas, mais pessoas adotassem o hábito saudável de caminhar ou andar de bicicleta, mas sem temer pela própria vida”, comenta Janaína.
Projeto Vida no Trânsito (PVT)
Em 2010, a Organização das Nações Unidas declarou o período de 2011 a 2020 como a Década de Segurança Viária, para estimular os países membros a estabilizar ou reduzir as mortes decorrentes de acidentes de trânsito, por meio do desenvolvimento de planos de ação sobre a morbimortalidade por esses agravos.
Em resposta à ONU para a Década de Ações pela Segurança no Trânsito, foi criado no Brasil o Projeto Vida no Trânsito (PVT). Coordenado pelo Ministério da Saúde, em parceria com a Organização Pan Americana da Saúde (Opas), é voltado para vigilância e prevenção de lesões e mortes no trânsito e promoção da saúde.
Em Minas Gerais, a gestão do Projeto Vida no Trânsito é da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), por meio da Coordenação de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis (CVDANT).
Em 2016, foi formado o Comitê Intersetorial Estadual do Projeto Vida no Trânsito, que desempenha papel consultivo e deliberativo sobre as ações do Projeto Vida no Trânsito no estado, além de ser um meio articulador das atividades de cada instituição envolvida sobre as temáticas trânsito e transporte.
Agência Minas
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