O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), que está em viagem com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Oriente Médio disse, nesta quinta-feira (30), em Doha, no Catar, que tem o apoio do Congresso para atingir o equilíbrio das contas públicas e que projetos como o aprovado pelo Senado, na quarta (29), que taxam super-ricos por fundos exclusivos e no exterior são justos e corrigem distorções que "prejudicam a base fiscal do governo".
Haddad afirmou ainda que o governo vai "trabalhar até o último dia" para aprovar as medidas que aumentam a arrecadação e deixam o governo mais perto da meta de zerar o déficit fiscal. Para isso, o ministro disse que tem conversado com os presidentes da Câmara (Arthur Lira) e do Senado (Rodrigo Pacheco) e tem o apoio necessário para aprovar as medidas. "Nós temos o apoio tanto do presidente da Câmara quanto do Senado [...] eu penso que o Congresso Nacional está empenhado em ajudar o país a equilibrar suas contas", afirmou.
O ministro da Fazenda também falou sobre a série de medidas do governo que preveem arrecadação e que ainda precisam de aprovação dos parlamentares. A principal delas é a Medida Provisória (MP) das subvenções que regulamenta incentivos fiscais baseados em subvenções estaduais. Há também a alteração nos chamados Juros sobre Capital Próprio. Haddad mencionou que os ajustes fazem parte da busca por uma "economia mais estável, uma taxa de juros mais baixa e de mais investimentos estrangeiros".
Fernando Haddad tomou parte do Fórum Econômico Brasil–Qatar: Oportunidades e Negócios, realizado em Doha. Antes, ele se encontrou com representantes da Arábia Saudita. O ministro chegou a dizer que os sauditas investirão US$ 10 bilhões no Brasil. "São quase R$50 bilhões de reais que a Arábia Saudita vai investir no Brasil. Isso vai melhorar logística, produtividade da economia brasileira e vai gerar empregos".
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