O Programa Mais Médicos deve enviar 720 novos profissionais para Minas Gerais até dezembro de 2023. A expectativa é de que esses profissionais se juntem aos 1.280 que já atuam no Estado. Com isso, Minas deve terminar o ano com 2 mil médicos cadastrados no programa do Governo Federal.
"O programa foi retomado neste ano, ele estava descaracterizado. Tinham cerca de 5 mil equipes sem profissionais médicos, e, no primeiro semestre, o foco foi retomar essas equipes e agora, neste segundo semestre, ampliar a quantidade profissionais", detalhou o diretor da atenção primária à saúde do Ministério da Saúde, Felipe Proenço.
Os novos profissionais vão atuar em 243 municípios, incluindo Belo Horizonte. Os profissionais participam nesta segunda-feira (6 de novembro) da aula inaugural do curso de formação e acolhimento.
Segundo o diretor, quando foi criado, em 2013, o programa chegou a contar com 18 mil profissionais, mas no ano passado, o número de médicos cadastrados havia caído para 13 mil. A expectativa é de que 28 mil profissionais estejam atuando em todo o Brasil até o fim de 2023. "Estamos lançando editais periódicos para ampliar esse número de profissionais e chegamos a ter um recorde de inscrições", disse.
No primeiro semestre, as vagas foram preenchidas majoritariamente por médicos formados no Brasil. Desta vez, as vagas estão sendo preenchidas por profissionais formados no exterior. "São brasileiros formados em países da América do Sul, como Argentina, Paraguai, Venezuela e também por médicos formados na Rússia", pontuou.
O curso, que começou nesta segunda-feira (6), tem duração de três semanas. O objetivo é avaliar a capacidade do profissional, bem como alinhar os protocolos com os do Ministério da Saúde.
O Programa Mais Médicos foi criado em 2013, durante o governo da presidente Dilma Rousseff (PT), com o objetivo de levar profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS) e medicamentos para as comunidades mais carentes do país, principalmente aquelas situadas no interior.
No entanto, em 2019, o programa foi cancelado, pelo presidente Jair Messias Bolsonaro, e substituído por outro, denominado Médicos pelo Brasil. O novo programa passou a exigir que os médicos cubanos, que atuavam no Mais Médicos, revalidassem seus diplomas caso quisessem continuar suas atividades no país.
A exigência gerou insatisfação no Governo de Cuba, que optou pelo encerramento do contrato feito anteriormente com o governo brasileiro.
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