O calor intenso não apenas elevou a temperatura ambiente, mas também os gastos dos consumidores. Com os termômetros alcançando recordes, a necessidade de usar constantemente aparelhos como ventiladores, climatizadores e o ar-condicionado resultou em contas de energia mais altas, causando um impacto financeiro significativo no orçamento doméstico.
A agente administrativa Fernanda Alves conta que, por medo do aumento na conta, utiliza apenas um ventilador para aplacar o calor. "A energia em Minas é muito cara. O governo deveria abaixar o imposto neste período de calor forte pra gente poder sofrer menos”, comenta.
Em função do calor dos últimos dias, a Cemig registrou um aumentou de 6% no consumo de energia em sua área de concessão, no período de 18 a 24 de setembro, em relação à semana anterior (11 a 17 de setembro). Se considerados apenas os clientes atendidos por redes de baixa e média tensão (residências, comércios, entre outros), o percentual de aumento foi de 8% nesse recorte, que abrange 774 municípios mineiros.
Faturando
Para o comércio, o período é de maiores vendas. Aparelhos que ajudem a amenizar o calorão pouco ficam no estoque. “As vendas estão gigantescas porque a gente nem esperava que esse calor ia vir tão forte. Mas, graças a Deus, a gente tinha um bom estoque, que está suprindo a necessidade dos consumidores”, comemora o gerente de uma loja de departamentos em Montes Claros, Pedro Henrique Bento Ferreira. A região Norte de Minas é uma das mais quentes e secas do Estado.
"A venda de ventilador aumentou na faixa de uns 70%. De ar-condicionado uns 40% e de umidificador não pudemos nem suprir a necessidade, porque acabou muito rápido”, contabiliza.
Economia
Para refrescar o ambiente sem pesar tanto no bolso, o engenheiro de Eficiência Energética da Cemig, Thiago Batista, explica que o consumidor deve ficar atento a dois fatores: “potência em Watts (W) dos equipamentos e o tempo de utilização (em horas). "Por isso, mesmo que o ventilador precise ter uma potência menor, se ficar ligado por um período muito longo poderá haver aumento significativo na conta de energia”, alerta.
Em caso de ar-condicionado, Thiago recomenda que o consumidor também fique atento ao tempo de utilização. “Para quem pensa em adquirir um aparelho desse tipo, vale outra dica: o ideal é comprar os que têm selo Procel ou que venham com a etiqueta do Inmetro com a letra A, pois são os mais eficientes”, ensina o engenheiro.
Para economizar durante os banhos, Batista recomenda “colocar a chave do chuveiro na posição verão. "As podem ter economia de, aproximadamente, 30% do consumo do aparelho ligado na potência máxima”.
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