Aprender uma segunda língua na infância, além de mais fácil, tem muitos benefícios, como melhora na memória, concentração, criatividade e habilidades de resolução de problemas. Crianças que aprendem um segundo idioma passam até a falar melhor a língua materna. Além disso, saber falar uma nova língua pode abrir portas para oportunidades de trabalho e para estudar fora do país no futuro.
Ajudar os pequenos nesse processo é uma experiência enriquecedora. Porém, muitos pais têm dúvidas sobre como fazer, e quando começar. Para ajudar nessa empreitada, a Sylvia de Moraes Barros, CEO da rede de cursos de inglês especializados em crianças, The Kids Club, preparou algumas dicas para as mamães e papais de plantão:
Quanto mais cedo a criança começar a aprender uma segunda língua, mais fácil será para o processo. Nosso cérebro já nasce com uma grande habilidade de aprender línguas, fazendo com que seja mais receptivo à aquisição de qualquer novo idioma a que for exposto. A capacidade de adaptação do sistema nervoso e a desinibição no período da infância tendem a ser maiores do que na fase adulta. “O indivíduo que aprende um segundo idioma desde a infância, está muito mais propenso a se tornar um adulto fluente do que quem inicia o aprendizado na fase adulta. Além disso, a aprendizagem é muito mais natural e prazerosa quando somos crianças. Podemos dizer que, nessa fase, os alunos aprendem ‘sem perceber’”, completa a CEO da The Kids Club.
Todos nós aprendemos nossa língua materna ouvindo o que era falado ao nosso redor. Dessa forma, expor a criança de forma adequada ao novo idioma é fundamental, fazendo com que ela escute e compreenda o que está sendo falado, através de um ambiente leve e com atividades divertidas para que o aprendizado aconteça naturalmente. “Vale inserir palavras da língua estrangeira na rotina, como o nome dos objetos, dos alimentos e ações que fazemos todos os dias, como escovar os dentes, lavar as mãos, tomar banho, almoçar e etc”, elucida a CEO, e completa, “é importante ressaltar que a sugestão é que você fale as palavras para seu filho mostrando o objeto, mas não faça a tradução. Evite perguntar também ‘como se fala isso em inglês?’, é importante que ela compreenda o que está sendo dito através do contexto, sem a necessidade de traduzir ou explicar”.
Usar brincadeiras e atividades lúdicas para ensinar, ajuda a manter o interesse, a motivação e a associar a aprendizagem com momentos felizes. Assistir a programas de TV infantis, ver filmes, ler livros, ouvir músicas ou jogar jogos em inglês é bastante efetivo. Brincar de karaokê também é uma opção que envolve toda a família, além de ser uma ótima maneira de praticar a pronúncia e entonação correta das palavras.
“Crianças pequenas não se preocupam tanto com desempenho, pois para elas o importante é se divertir. Além disso, têm uma grande capacidade de reproduzir novos sons de forma precisa e sem constrangimento, o que garante um aprendizado muito efetivo na pronúncia correta da nova língua. Aprender através de momentos prazerosos é a chave para o sucesso”, explica Sylvia.
Aprender um novo idioma leva tempo e esforço, é um processo lento e gradual. Não é motivo de preocupação se a criança não falar perfeitamente logo no início. Com prática e dedicação, ela acabará absorvendo. Esteja preparado para que seu filho cometa erros e não force a aprendizagem. Reconheça e celebre os marcos e conquistas, isso ajudará a motivá-los e a reforçar seu interesse pelo aprendizado.
“Lembre-se de que cada pessoa é única, e o que funciona para uma pode não funcionar para outra. Portanto, seja flexível e adapte suas abordagens conforme as necessidades e interesses do seu filho. O mais importante é criar um ambiente positivo e encorajador”, ressalta Barros.
Escolher qual a melhor alternativa para aprendizado do novo idioma para seu filho não é tarefa simples. É preciso entender as diferenças entre as metodologias e buscar aquela que atenda melhor aos objetivos dos pais e do perfil da criança. “Existem as escolas bilíngues, onde por meio de imersão no idioma, os alunos ficam em contato com a língua pelo menos 50% do tempo que estão na escola. Já as escolas internacionais seguem estritamente o currículo e o calendário do seu país de origem, oferecendo todas as disciplinas no idioma oficial do local, seja ele inglês, francês ou suíço. Vale lembrar que, nesse caso, é preciso ter uma chancela internacional, conquistada com certificações por instituições estrangeiras. Outra possibilidade são os programas bilíngues implementados dentro das escolas regulares, através de parcerias com cursos de idiomas especializados como opção de ensino à segunda língua. Nestes casos, as escolas seguem o currículo nacional, e oferecem, também, aulas na língua estrangeira todos os dias”, finaliza Sylvia de Moraes Barros.
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