Dificuldade para enxergar, perda de memória e fadiga diária são alguns dos principais sintomas que afetam Juliana Papeira, diagnosticada aos 28 anos com esclerose múltipla (EM). Hoje, com 35, ela lembra que, ao descobrir a doença, desenvolveu ansiedade e depressão pelas incertezas que acompanham o diagnóstico — já que existem tratamentos, mas ainda não há cura.
A jovem conta que os principais sintomas apareceram aos 13 anos, mas foram necessários 15 para os médicos identificarem a doença. Por isso, defende que a conscientização sobre a EM é fundamental.
“Se tivesse uma conscientização maior, nós, pessoas com esclerose, não sofreríamos tanto, passando por todos esses problemas. Se eles tivessem descoberto, desde o início, essa minha doença, eu não teria perdido a minha visão, eu não teria múltiplas sequelas igual eu tenho, tanto no cérebro, quanto na coluna. Conheço outras pessoas que passaram pelo mesmo problema”, afirma.
Juliana Papeira perdeu a visão do olho esquerdo em decorrência da esclerose múltipla. Ela elogia a atuação dos profissionais de saúde, mas avalia que o tratamento da doença pelo Sistema Único de Saúde (SUS) precisa melhorar, devido à dificuldade de acesso aos medicamentos, que são de alto custo. Agora, na sexta medicação — as outras apresentaram falha terapêutica — Juliana explica como é conviver com a doença.
Mín. 16° Máx. 23°